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Caso Marielle: assassinato completa dois anos sem respostas

Após as prisões de Lessa e Queiroz, executores do crime, familiares de Marielle e Anderson pediram esclarecimentos sobre mandantes e motivos

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Foto em preto e branco da vereadora Marielle Franco - Metrópoles
1 de 1 Foto em preto e branco da vereadora Marielle Franco - Metrópoles - Foto: Reprodução

Ainda sem respostas, o assassinato da vereadora carioca Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes completa dois anos neste sábado (14/03). Eles foram mortos a tiros no Estácio, região no centro do Rio de Janeiro, na noite de 14 de março de 2018.

Marielle voltava do evento Jovens Negras Movendo as Estruturas quando teve o carro emparelhado por outro veículo que levava os autores dos disparos. Uma assessora da parlamentar também também estava no carro, mas sobreviveu ao ataque.

Até agora a Justiça não encontrou os mandantes do crime. Recentemente, ficou definido que os dois homens acusados pelas mortes, o sargento da reserva da Polícia Militar Ronnie Lessa e o ex-policial Élcio Queiroz, irão à júri popular. Eles estão presos na Penitenciária Federal de Porto Velho desde março do ano passado e negam participação nos dois assassinatos.

A decisão é do juiz Gustavo Gomes Kalil, da 4ª Vara Criminal da capital, da última terça-feira (10/03). O magistrado explicou que a qualificação do homicídio doloso, quando existe a intenção de matar, foi dada porque os réus agiram por motivo torpe, armaram uma emboscada e dificultaram a defesa das vítimas. Ambos respondem por homicídio triplamente qualificado.

Após as prisões de Lessa e Queiroz, em março do ano passado, os familiares de Marielle e Anderson pediram esclarecimentos sobre os mandantes do crime e a motivação do assassinato.

Aos 38 anos, Marielle estava em seu primeiro mandato como parlamentar. Ela foi eleita em 2016 com 46,5 mil votos, o quinto maior número de eleitores para o pleito. Nascida na favela da Maré, a vereadora era socióloga, com mestrado em administração pública e a sua principal bandeira era a defesa dos direitos humanos.

Armas
O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) divulgou na sexta-feira (13/03) um compilado de informações referentes à investigação do crime contra Marielle e Anderson. De acordo com o MP, as ações para identificar os mandantes do assassinato já estão sendo realizadas. Entre as medidas estão a emissão de solicitações de medidas cautelares à Justiça. buscas e apreensões, perícia e o depoimento de mais de 200 testemunhas.

O ex-policial militar Élcio Queiroz foi interrogado na quinta-feira (12/03) pelo Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJRJ). Ele afirmou que as armas encontradas em sua casa por policiais civis e promotores de Justiça serviam para a proteção de sua família e foram compradas quando ele ainda estava na corporação.

O ex-PM é um dos acusados pelo crime. Foram encontradas em sua casa duas pistolas e mais de 100 munições, a partir de um mandado de busca e apreensão relativo ao processo que investiga os assassinatos da parlamentar e do motorista.

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