Caso Marielle: Adriano da Nobrega reuniu milicianos após o assassinato
Encontro em que Adriano pretendia descobrir os envolvidos no crime foi citado em três depoimentos
atualizado
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As investigações sobre a morte da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes apontam que o ex-capitão Adriano Magalhães da Nóbrega reuniu milicianos após o assassinato para tratar do crime. No dia seguinte ao crime, o ex-PM encontrou-se com milicianos e matadores em uma padaria de Rio das Pedras, onde chefiava uma milícia.
O objetivo era saber se algum de seus aliados estava envolvido nas mortes. Ao menos três pessoas citaram o encontro em seus depoimentos. As informações são do Uol.
O primeiro relato da reunião foi do miliciano Jorge Alberto Moerth, o Beto Bomba, que comanda outra milícia na região. A viúva de Adriano, Júlia Emílio Lotufo e o suspeito do assassinato, Ronnie Lessa também citaram o evento.
Ex-capitão do Bope, Adriano morreu em fevereiro de 2020. Ele foi citado na apuração do caso da suposta rachadinha envolvendo o gabinete de Flávio Bolsonaro.
De acordo com o inquérito da Polícia Civil, Nóbrega atirou sete vezes contra os policiais militares antes de ser assassinado com dois tiros pelos PMs, em 9 de fevereiro de 2020, após ficar escondido em uma propriedade na zona rural de Esplanada, cidade a 160 km de Salvador. Ele estava foragido desde 2019, quando foi alvo da Operação Os Intocáveis.