Caso Lázaro: PCGO investiga perfis que fazem apologia ao criminoso
Perfis falsos nas redes sociais usam nome e foto de Lázaro associados a “matador”. Delegada diz que apologia a fato criminoso também é crime
atualizado
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Goiânia – A Polícia Civil de Goiás (PCGO) investiga perfis falsos criados nas redes sociais em apologia aos crimes cometidos por Lázaro Barbosa, autor de uma chacina contra uma família em Ceilândia (DF) e procurado por forças policiais há 11 dias. Alguns dos perfis associam o nome do criminoso à alcunha de “matador”.
Quem comanda a apuração é a delegada titular da Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Cibernéticos (Dercc), Sabrina Leles. Segundo ela, uma ocorrência foi registrada nessa sexta-feira (18/6) com base em postagens feitas em uma rede social. A investigadora informa que a pena por fazer, publicamente, apologia de fato criminoso ou de autor de crime varia de três a seis meses de detenção, ou aplicação de multa.
Conforme a delegada, quando alguém faz ou alguém perfil na internet faz apologia, exalta ou ressalta os crimes cometidos por Lázaro também se torna um ato criminoso e deve ser investigado.
Buscas
As buscas ao maníaco Lázaro Barbosa, de 32 anos, seguem para o 11º dia com efetivo de 270 policiais de Goiás e do Distrito Federal. A manhã deste sábado (19/6) não teve grandes movimentações no ponto de apoio das guarnições, localizado no município de Girassol (GO).
Os policiais estão concentrados dentro de uma escola municipal. No interior da base, os agentes contam com o apoio de serviços de inteligência para ajudar no rastreio. A solidariedade dos moradores de Girassol continua a abastecer as guarnições com doações de alimentos.
A cavalaria da Polícia Militar de Goiás (PMGO) atua no perímetro, margeando as estradas de terra próximas ao matagal. Cães da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) também andam perto dos pontos onde Lázaro foi visto.
Em coletiva de imprensa na noite dessa sexta-feira (18/6), o secretário de Segurança de Goiás, Rodney Miranda, comentou sobre o caso. De acordo com o chefe da pasta, a habilidade do criminoso em andar pela mata dificulta o trabalho policial. “Ele está na zona de conforto e continua num plano ensandecido de fuga”, disse.
Rodney Miranda também afirmou achar que homens da Força Nacional não serão mais enviados ao município de Edilândia (GO), onde as buscas ao suspeito se concentram. “Acho que eles não vêm mais”.
Ainda de acordo líder da força-tarefa, Lázaro foi visto novamente, mas conseguiu escapar.
“Cheguei a ver o Lázaro a 1 km de distância. As equipes estão lá”. Rodney destacou que, agora, a coalizão trabalha mais com inteligência do que com número de homens envolvidos na operação. “Agora é mais inteligência do que movimentação”.
Chacina
As digitais de Lázaro foram encontradas na casa da família Vidal. Cláudio Vidal de Oliveira, 48 anos, Gustavo Marques Vidal, 21, e Carlos Eduardo Marques Vidal, 15, teriam sido mortos por ele a tiro e facadas. O crime ocorreu na madrugada do dia 9/6, no Incra 9, em Ceilândia.
Ele ainda sequestrou Cleonice Marques de Andrade, 43 anos, esposa de Cláudio e mãe das outras vítimas. O corpo dela foi encontrado no dia 12, em um matagal. O cadáver estava sem roupa e com um corte nas nádegas, em uma zona de mata perto da BR-070.
A morte de Cleonice reflete a crueldade de Lázaro. O criminoso, autor da chacina que tirou a vida do marido e dos dois filhos da mulher, permanece foragido há nove dias. Oo maníaco matou a mulher com um tiro na cabeça.
Desde que matou a família Vidal, Lázaro vem entrando e saindo de propriedades, fazendo novas vítimas. Ainda no Incra 9, em Ceilândia, ele invadiu outros dois locais. Em Goiás, ele tem se escondido na região entre Girassol, Edilândia e Cocalzinho, Entorno do DF.