metropoles.com

Caso Kemilly: mãe diz que não pôde ir ao enterro porque recebe ameaças

Mãe se apresentou à polícia, alegando que não conseguiu ir ao enterro por conta de ameaças após a morte da menina Kemilly

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Reprodução
Caso Kemilly
1 de 1 Caso Kemilly - Foto: Reprodução

A morte da menina Kemilly Hadassa da Silva, de 4 anos, chocou o país. A criança foi abusada e morta por Reynaldo Rocha Nascimento, 22 anos, no Rio de Janeiro. A mãe da garota, Suellen da Silva Roque, prima de Reynaldo, se apresentou na Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF), acompanhada de dois advogados e da tia. Ela afirmou que não teria conseguido comparecer ao enterro da própria filha porque recebe ameaças.

“Eu sei que eu errei, não precisa ninguém me condenar porque a minha consciência me condena. Nem no enterro da minha filha eu pude ir, eu tenho que ficar escondida, nem me despedi dela. O mais triste é que eu não posso ir para casa, o tempo todo, porque as pessoas estão me julgando. O tempo todo eu errei, mas quem nunca errou? Qual é a mãe perfeita?”, lamentou Suellen.

O corpo de Kemilly foi sepultado no Cemitério Municipal de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, na tarde de segunda-feira (11/12)

A mulher têm sido culpada por se ausentar de casa enquanto os vizinhos estavam no quintal da residência, e se culpa por não perceber o perigo que as crianças sofriam.

“Parece que a culpada sou eu, que quem tirou a vida da minha filha fui eu. Se não tivesse gente no quintal, eu juro que eu não tinha deixado os meus filhos sozinhos, eu nem ia para a praça, eu ficaria com as minhas amigas sentada lá embaixo. Se pelo menos tivesse passado pela minha cabeça o que aconteceria, eu não teria deixado a minha filha lá. A última lembrança que eu tenho é dela pegando o vestidinho favorito e dobrando em cima da cama”, disse.

A mãe da menina e sua advogada relatam que a mulher colaborará com as investigações do caso. A DHBF a investiga por negligência e abandono de incapaz por ter deixado a criança e os outros dois filhos para ir a uma festa.

“A Hadassa tinha aproximadamente 5 meses quando o pai dela morreu. Desde então, a Suellen cria as quatro crianças sozinha e tem dificuldade de trabalhar porque ela não pode deixar os filhos sozinhos”, afirmou a advogada Ingridy Souza.

“A gente não pode julgar a Suellen agora. Nós não estamos dizendo que ela não cometeu um erro, mas nós queremos deixar claro que nada justifica o fato. Nada justifica um homicídio tão bárbaro”, completou.

O crime

Kemilly desapareceu no sábado, quando dormia com os irmãos, de 7 e 8 anos, em Cabuçu, bairro de Nova Iguaçu. O tio da vítima afirmou que Reynaldo tinha fácil acesso à residência de Suellen Silva, mãe dela. A responsável pela criança deixou os filhos sozinhos e saiu por volta das 23h daquele dia. Ao retornar, às 5h do dia seguinte, não encontrou a filha.

Os policiais prenderam Reynaldo no domingo (10/12), como principal suspeito. Ele havia sido agredido por moradores locais, e chegou à delegacia com a cabeça enfaixada. O criminoso confessou o ato. Falou que a sequestrou, pois sabia que ela estaria sozinha.

Ele a estuprou e, para se livrar de suspeitas, a estrangulou e pôs o cadáver em um saco de ração. Após isso, escondeu o corpo, o qual havia sido localizado pelos policiais na beira de um valão próximo à casa dele.

Compartilhar notícia

Quais assuntos você deseja receber?

sino

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

sino

Mais opções no Google Chrome

2.

sino

Configurações

3.

Configurações do site

4.

sino

Notificações

5.

sino

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?