Caso Henry: perícia deve fazer DNA em manchas encontradas nas paredes
Segundo o jornal O Globo, marcas encontradas na sala e no quarto sugerem sangue. Peritos coletaram pedaços de papel de parede para análise
atualizado
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Rio de Janeiro – Peritos do Instituto Médico Legal (IML) e do Instituto de Criminalística Carlos Éboli (ICCE) constataram, em amostras coletadas na parede da sala do apartamento onde Henry Borel Medeiros morava com a mãe e com o padrasto, manchas que sugerem sangue.
Segundo o jornal O Globo, fragmentos do papel de parede da residência foram encaminhados para o Instituto de Perícias e Pesquisa em Genética Forense (IPPGF) para eventual exame de DNA.
As seis amostras — cinco suspeitas e uma já descartada — fazem parte de um lote recolhido na sala e no quarto do menino. Duas delas, segundo a perícia, apresentam pequenas manchas de coloração avermelhada, uma de cor alaranjada, outra amarronzada e uma quinta de coloração preta, ainda de acordo com o jornal O Globo.
Uma pesquisa genérica de sangue nas amostras, feita com reagente luminol, deu negativa, mas os peritos preferem aguardar por um exame laboratorial mais sofisticado.
Essas amostras foram recolhidas na primeira vistoria dos peritos no apartamento que está interditado judicialmente, em Jacarepaguá, zona oeste do Rio, na última segunda-feira (29/3).
Durante a reconstituição desta quinta-feira (1º/4), os investigadores usaram um boneco com as mesmas características da criança, como peso e altura. Peritos representaram a presença da mãe e do padrasto do menino na encenação.
Entenda o caso
O menino Henry Borel Medeiros morreu no dia 8 de março ao dar entrada em um hospital da Barra da Tijuca, zona oeste do Rio. Segundo Leniel Borel, ele e o filho passaram o fim de semana anterior normal. Por volta das 19h do dia 7, o pai o levou de volta para casa, onde morava com a mãe, Monique Medeiros da Costa e Silva de Almeida, e com o vereador e médico Jairo Souza Santos Júnior, o Dr. Jairinho (Solidariedade).
Ainda segundo o pai de Henry, por volta das 4h30 do dia 8, ele recebeu uma ligação de Monique falando que estava levando o filho para o hospital, porque o menino apresentava dificuldades para respirar.
Leniel afirma que viu os médicos tentando reanimar o pequeno Henry, sem sucesso. O menino morreu às 5h42, segundo registro policial feito pelo pai da criança.
De acordo com o laudo de exame de necrópsia, a causa da morte foi hemorragia interna e laceração hepática, provocada por ação contundente. Para especialistas, ação contundente seria agressão.