Caso Henry: MPRJ pede que Monique Medeiros volte para a prisão
Despacho foi feito na terça-feira (30/8). Promotores alegam que não foi imposta outra medida cautelar e que professora coagiu testemunhas
atualizado
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Rio de Janeiro – O Ministério Público do Rio (MPRJ) entrou com um recurso, nessa terça-feira (30/8), para que Monique Medeiros volte para a cadeia. A mãe do menino Henry Borel, morto em março de 2021, foi solta na segunda-feira, dia 29, após decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ).
A professora é ré, junto ao ex-namorado Jairo Souza Santos Júnior, o Dr Jairinho, pela morte da criança. De acordo com as investigações, Henry morreu por hemorragia interna e laceração hepática provocada por ação contundente.
No despacho, ao qual o Metrópoles teve acesso, o MP alega que o ministro João Otávio de Noronha, do STJ, liberou Monique sem sequer impor outras medidas cautelares.
O órgão lembra ainda que a mãe da criança chegou a coagir testemunhas no caso. “Para afastar a sua nefasta influência sobre as testemunhas a serem ouvidas em juízo (sessão plenária do Tribunal do Júri), é imprescindível a prisão preventiva da paciente”, diz o documento.
“Determinadas condutas antissociais não podem ser permitidas, quando transgridem a ordem pública, fazendo-se mister a custódia cautelar, o que ocorre no presente caso. Lembremos que estamos diante de procedimento bifásico do júri, o que indica que as testemunhas serão inquiridas em plenário, o que justifica a manutenção da custódia cautelar. Nesse sentido, apontando que a prisão preventiva é cabível por conveniência da instrução criminal até a realização de sessão plenária do Tribunal do Júri. Para afastar a sua nefasta influência sobre as testemunhas a serem ouvidas em juízo (sessão plenária do Tribunal do Júri), é imprescindível a prisão preventiva da paciente”, pontua o agravo”, aponta trecho.
Monique tinha retornado ao cárcere no dia 29 de junho, após decisão da 7ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio. Ele ficou cerca de três meses com monitoramento eletrônico, até que um pedido do MP foi acatado.