Caso Henry: “Monique teve várias oportunidades de falar”, diz delegado
Diretor do Departamento-Geral de Polícia da Capital, Antenor Lopes, afirma que inquérito será concluído e entregue até sexta-feira (23/4)
atualizado
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Rio de Janeiro – O diretor do Departamento de Polícia da Capital (DGPC), Antenor Lopes, informou que a mãe do menino Henry Borel Medeiros, Monique Medeiros, já teve oportunidade de falar o que sabia. “Ela já teve várias oportunidades e não o fez. Ficou na delegacia prestando declarações por seis horas. Agora, quem vai decidir isso é o delegado da 16ª DP (Barra da Tijuca)”, pontuou.
Ela e o médico e vereador Jairo Souza Santos Junior, o Dr. Jairinho, padrasto de Henry, estão presos desde o dia 8 de abril, por 30 dias, após determinação do 2º Tribunal do Júri, sob suspeita de envolvimento na morte do garoto. Nessa segunda-feira (19/4), os advogados de Monique pediram ao Ministério Público novo interrogatório.
Em nota, o Ministério Público informou que “o pedido, protocolado em nome do procurador-geral de Justiça, foi encaminhado ao Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Justiça de Investigação Penal, que, por sua vez, o encaminhou ao promotor natural do caso, Marcos Kac. De acordo com o promotor, a decisão de ouvir ou não novamente a investigada Monique Medeiros cabe unicamente ao presidente do inquérito, que é o delegado de polícia”.
No primeiro depoimento em 18 de março, 10 dias após a morte do menino, Monique alegou não saber que o filho era agredido por Jairinho. O caso veio à tona ao serem ouvidas novamente a babá Thayna de Oliveira Ferreira e a emprega Leila Rosângela de Souza Mattos. Thayná contou para a Monique sobre as agressões.
Antenor Lopes explicou que o delegado da 16ª DP (Barra da Tijuca), Edson Henrique Damasceno, e a delegada assistente Ana Carolina Medeiros vão entregar o inquérito concluído ao Ministério Público até sexta-feira (23/4). Nessa segunda-feira, houve reunião com a força-tarefa que atua no caso, que envolve policiais e peritos da Secretaria de Polícia Civil.
“Foram feitos os ajustes finais. Os delegados chegaram cedo hoje (20/4) na delegacia e vão entregar o caso ao Ministério Público”, informou Antenor Lopes. Ele descarta, com base nas investigações, indícios de que Monique sofrera agressões de Jairinho.
Caso Henry
O menino Henry morreu dia 8 de março. Ele foi levado por Monique e Jairinho para o hospital Barra D’or, na zona oeste. Segundo a equipe médica, o garoto já chegou morto ao hospital.
O casal alegou acidente doméstico, mas laudo mostrou que a morte foi violenta ao identificar 23 lesões.
Atualmente, Monique e Jairinho são assistidos por advogados diferentes. No início o casal era defendido pelo advogado André Barreto, que deixou a causa. A polícia já informou que o casal será indiciado por homicídio qualificado e tortura.