Caso Henry: Justiça determina quebra do sigilo bancário de Monique e Jairinho
Juíza aceitou ainda pedido de Monique para ter consulta com psicólogo particular na prisão. Primeira sessão acontece quarta-feira (6/10)
atualizado
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Rio de Janeiro – Juíza do 2º Tribunal do Júri, Elizabeth Machado Louro determinou a quebra dos sigilos bancário e fiscal da mãe do menino Henry Borel, Monique Medeiros, e do padrasto, o vereador cassado e médico, Jairo Souza dos Santos Júnior, o Dr. Jairinho, nesta segunda-feira (4/10). Eles estão presos acusados da morte do garoto, que tinha 4 anos, em 8 de março.
O Ministério Público pediu à Justiça indenização de R$ 1,5 milhão para o pai do garoto, o engenheiro Leniel Borel. Para a juíza, a quebra do sigilo bancário e fiscal dará a dimensão do patrimônio dos acusados em eventual condenação. Elizabeth Machado Louro reconsiderou a decisão do juiz Daniel Cotta, que, em agosto, não autorizou a quebra do sigilo dos réus.
A magistrada também autorizou o pedido da defesa de Monique para ter consulta com um psicólogo particular no Instituto Penal Oscar Estevenson, em Benfica, zona norte.
Na próxima quarta-feira (6/10), será realizada a primeira audiência de julgamento do caso Henry. Serão ouvidas 12 testemunhas de acusação, entre elas o pai do menino e os policiais responsáveis pelas investigações.
A Justiça ainda não conseguiu localizar a babá de Henry, Thayna de Oliveira Ferreira, para intimá-la a comparecer à sessão. Jairinho acompanhará por videoconferência do Presídio Pedrolino Werling de Oliveira, no Complexo de Gericinó, em Bangu, zona oeste.
Monique e Jairinho foram denunciados pelo Ministério Público por tortura e homicídio triplamente qualificado com emprego de tortura no processo sobre a morte de Henry. Eles que, à época, formavam um casal alegaram que havia sido um acidente doméstico. Mas laudo do Instituto Médico Legal apontou 23 lesões no corpo do menino por agressão. Mensagens trocadas por telefone entre Thayna e Monique revelaram que mãe sabia que o garoto era agredido.