Caso Henry: defesa de Monique entra com pedido de prisão domiciliar
Advogados da professora acusada de participar da tortura e morte do filho, em março de 2021, alegam falta de segurança na penitenciária
atualizado
Compartilhar notícia
Rio de Janeiro – Mãe do menino Henry Borel Medeiros, assassinado aos 4 anos em 8 de março de 2021, a professora Monique Medeiros da Costa e Silva, acusada de participar do crime, solicitou a conversão da prisão preventiva para o regime domiciliar, alegando falta de segurança no Instituto Penal Santo Expedito, no Complexo Penitenciário de Gericinó, na zona oeste do Rio.
No pedido, a defesa de Monique, que responde por homicídio triplamente qualificado, tortura e coação de testemunhas, alegam que Monique está vulnerável na prisão. Segundo alegam na petição, na última sexta-feira (14/1), um advogado foi flagrado no parlatório da unidade prisional repassando informações sobre o processo a outra detenta.
Jairinho
No mesmo processo, também responde pelos crimes o padrasto de Henry, o ex-vereador e médico suspenso Jairo Jairo Souza Santos Júnior, o Dr. Jairinho. De acordo com o Extra, a detenta, identificada como Elker Cristina, seria a mesma que ameaçou Monique na cadeia e que também é ligada à advogada Flávia Fróes, contratada pela família de Jairinho para uma investigação paralela sobre o caso.
“A situação de Monique está desesperadora. Não há segurança! Agora estão se valendo de detentos para ameaçar Monique – palavras dela [Monique]. Confesso que em mais de 15 anos na advocacia criminal, esta defesa jamais se deparou com uma situação como esta”, escreveram os advogados.
“Ilação”
Ao jornal, a advogada Flávia Fróes negou as ameaças e disse que o episódio é “mais uma ilação”, com propósito de “formar um escândalo” para conseguir relaxamento da prisão. Flávia é advogada criminalista e defende acusados de integrar a maior facção criminosa do Rio e foi contratada para, mesmo não sendo a defensora oficial do ex-vereador, rebater as provas técnicas do processo.
A juíza Elizabeth Machado Louro, do II Tribunal do Júri já havia determinado que as visitas à Monique fossem proibidas, com exceção de seus advogados constituídos no processo e familiares cadastrados. Ela também solicitou vista do livro de visitantes
A Secretaria de Administração Penitenciária (Seap) confirmou a visita que Flávia Fróes fez a Monique, justificando que e “não existe determinação judicial que impeça o exercício da advocacia em atendimento a interna citada ou que limite o atendimento aos advogados inscritos no processo”.