Caso Henry Borel: Justiça não encontra babá para prestar depoimento
Thayna não mora mais no único endereço declarado na zona oeste do Rio. Quarta-feira (6/10), às 9h30, está marcada primeira audiência do caso
atualizado
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Rio de Janeiro – A Justiça ainda não conseguiu encontrar a babá do menino Henry Borel, Thayna de Oliveira Ferreira, para ser convocada a prestar depoimento sobre o caso. Na quarta-feira (6/10) está marcada a primeira audiência da morte do menino no 2º Tribunal do Júri, no Centro do Rio. A previsão é de sejam ouvidas 12 testemunhas de acusação, uma delas é Thayna.
No último dia 28, oficial de justiça informou que Thayna não mora mais no único endereço que consta no processo. Também não foram localizadas outras duas testemunhas que são médicas do hospital Barra D’Or, onde o garoto chegou morto levado pela mãe a professora Monique Medeiros e o então padrasto o ex-vereador e médico Jairo Souza Santos Júnior, o Dr. Jairinho.
Monique e Jairinho estão presos desde 8 de abril acusados do crime. O ex-vereador vai participar da audiência por videoconferência.
O promotor Fabio Vieira dos Santos determinou nesta segunda-feira (4/10) que sejam realizadas novas intimações. Thayna foi fundamental na investigação ao revelar que Monique sabia das agressões praticadas por Jairinho contra o menino. Mensagens entre a babá e a patroa que comprovam as torturas foram rastreadas pela 16ªDP (Barra da Tijuca).
“A Thayna é uma testemunha primordial porque convivia com o Henry e o casal. Se ela não for encontrada, a acusação vai continuar insistindo na sua localização para que o depoimento seja realizado em outra data”, afirmou a advogado Sâmya Massari, que atua no processo representando o pai de Henry, Leniel Borel, como assistente da acusação.
Thayna, ao ser ouvida pela polícia, mentiu. Ela também é investigada pelo crime de falso testemunho. O menino Henry faleceu no último dia 8 de março. Monique e Jairinho alegaram que Henry teria sido vítima de um acidente doméstico. Mas laudo do Instituto Médico Legal apontou 23 lesões por agressões. Os dois foram denunciados pelo Ministério Público por tortura e homicídio triplamente qualificado com emprego de tortura.