Caso Henry: advogada informal de Jairinho ameaçou Monique, diz defesa
Defesa de Monique cita ameaça “velada” e afirma que advogada Flávia Froés a mandou “assinar documento assumindo culpa pela morte do filho”
atualizado
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Rio de Janeiro – A defesa de Monique Medeiros, mãe do menino Henry Borel, afirmou que a professora foi ameaçada por uma advogada informal do Dr. Jairinho, seu ex-namorado. Ambos estão presos e acusados pela morte da criança de 4 anos, no dia 8 de março de 2021.
Segundo o advogado de Monique, Thiago Minagé, a advogada criminalista Flávia Froés compareceu ao Instituto Penal Oscar Stevenson, em Bangu, na zona oeste do Rio de Janeiro, onde Monique estava presa, e a ameaçou “de forma velada”.
À sua defesa Monique afirmou que está “apavorada” com as ameaças. “Ela disse que preciso assinar um documento assumindo a culpa pela morte do meu filho”, falou, em nota.
Segundo a mãe de Henry, Froés afirmou que, mais cedo ou mais tarde, ela teria que assumir a culpa e livrar Jairinho. No diálogo, a advogada também teria dito que dariam um jeito de transferir ou tirar Monique da cadeia.
Visita há uma semana
A visita teria ocorrido na última sexta-feira (7/1), mas o caso só veio à tona três dias depois, na segunda-feira (10/1), depois que a família de Monique a visitou na prisão.
Na petição feita pela defesa da mãe do menino, os advogados acusam Flávia Froés de fraude processual e coação no curso do processo.
No documento, foi anexada uma troca de e-mails na manhã de terça-feira (11/1), na qual solicitam acesso ao livro de visitantes da penitenciária. À noite, Monique foi transferida para outra unidade prisional, também em Bangu.
Em nota, a Secretaria da Administração Penitenciária (Seap) alega que a mudança estava prevista desde o dia 3 de janeiro devido à mudança no “perfil de atendimento às presas provisórias”.