Caso Heloísa: Justiça pede nova perícia em armas de agentes da PRF
Veículo da família de criança morta no Rio de Janeiro também será examinado. Caso aconteceu em 7 de setembro
atualizado
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A Justiça Federal do Rio de Janeiro acolheu requerimento do Ministério Público Federal (MPF) e determinou a realização, pela Polícia Federal, de nova perícia em todas as armas em poder dos policiais rodoviários federais e no fragmento de bala que atingiu Heloísa dos Santos Silva, de 3 anos. O crime aconteceu após abordagem no Arco Metropolitano, em Seropédica, no último dia 7 de setembro. A ação resultou na morte da criança.
A 1ª Vara Federal Criminal também determinou que seja providenciada outra perícia no carro em que estava a família da vítima.
A decisão acolheu os argumentos do procurador da República Eduardo Benones, coordenador do Núcleo do Controle Externo da Atividade Policial do MPF no Rio de Janeiro, sobre a necessidade de novas perícias, tendo em vista que o julgamento do caso é de competência da Justiça Federal.
Nesse sentido, o MPF destacou que a realização das novas perícias evitam futuras alegações de nulidade do procedimento efetuado pela Polícia Civil do estado do Rio de Janeiro.
Entenda o caso
Em 7 de setembro, agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) abriram fogo contra o veículo da família, atingindo a menina na cabeça e na coluna. Além dela, estavam no carro o pai, a mãe, a irmã, de 8 anos, e uma tia. Heloísa morreu em 16 de setembro.
De acordo com parentes da menina, o veículo no qual estava a família de Heloísa passou perto do posto da PRF sem ser abordado, mas, em seguida, foi acompanhado por um carro da polícia. Ainda segundo os relatos, quando o carro diminuiu a velocidade e ligou a seta, indicando que pararia, os disparos teriam sido efetuados pelos agentes em direção ao veículo.
No último dia 18, a Justiça negou a prisão dos três agentes da PRF envolvidos na morte de Heloísa, mas determinou que usassem tornozeleiras eletrônicas e fossem afastados de suas funções policiais, com o recolhimento das armas.
Com informações da Agência Brasil