Caso Ghorayeb: mais uma mulher denuncia médico por assédio sexual
Em maio, o Metrópoles revelou, com exclusividade, relatos de três mulheres sobre abusos sofridos durante consultas com o cardiologista
atualizado
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O médico cardiologista Nabil Ghorayeb é alvo de mais uma denúncia de assédio sexual, desta vez de uma mulher indentificada como E.R.S., atualmente com 63 anos, e que teria sofrido abusos em 1991, no consultório do próprio médico, no bairro do Ipiranga, na zona sul da capital paulista.
“Ele tirou a minha camisa, tocou meus seios e ao se mover para trás de mim, também tirou meu sutiã. Nesse momento, ele encostou em mim e senti o pênis dele ereto”, diz E.R.S., em entrevista à revista Veja.
A mulher protocolou a denúncia junto ao Ministério Público (MPSP) no último dia 16 de junho. Segundo ela, a consulta com Ghorayeb foi para tratar de um prolapso de válvula mitral, que é o desalinhamento de uma válvula do coração.
E.R.S relata que ficou a ponto de ter uma crise de pânico e paralisada durante o episódio. “Aquilo me deu uma sensação de muita impotência. Quando eu fico muito nervosa, eu sinto muita ânsia de vômito e por pouco isso não aconteceu. Eu fiquei desesperada para sair daquele lugar”.
Ainda de acordo com a suposta vítima, Ghorayeb notou que ela passava mal e passou a maltratá-la. “Ele me falou que estava tentando ajudar, mas eu não estava colaborando”, diz E.R.S. “Não acredito que esse homem ainda está fazendo depois de 30 anos”, completa a vítima.
Constrangimentos
Em maio deste ano, três mulheres denunciaram ao MPSP o médico cardiologista e então colunista do Globo Esportes, Nabil Ghorayeb, por assédio sexual. A empresária Adriana R. C., de 42 anos, e a administradora de empresas Bárbara Leite, de 40, contaram com exclusividade ao Metrópoles situações de constrangimentos que sofreram durante consultas com o médico, que atende em São Paulo.
Em junho, o Globo Esporte decidiu suspender a coluna de Ghorayeb. A área de comunicação da emissora afirmou, com exclusividade ao Metrópoles, que o doutor ficará afastado “até que os fatos sejam esclarecidos”. Outras mulheres que se dizem vítimas do médico foram à Justiça denunciá-lo.
Em comunicado à imprensa, Ghorayeb afirmou que “são inverídicas, infundadas e descabidas as acusações a ele atribuídas”.