Caso Flordelis: pai de pastor Anderson morre de infarto aos 81 anos
Jorge de Souza é a terceira pessoa da família a morrer após o assassinato do pastor. Ele atuava como assistente de acusação nos processos
atualizado
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Jorge de Souza, pai do pastor Anderson do Carmo, morreu neste sábado (11/12), aos 81 anos, após sofrer um infarto. Ele morava em São Paulo e atuava como assistente de acusação nos processos em que a ex-deputada Flordelis dos Santos de Souza, seus filhos e uma neta são acusados do assassinato do pastor, em junho de 2019.
A informação foi confirmada pelo advogado dele, Ângelo Máximo. Jorge é a terceira pessoa da família a morrer após o assassinato de Anderson. A mãe do pastor, Maria Edna do Carmo, e sua filha, Michelle, também morreram de causas naturais após o crime.
Jorge esteve no Rio de Janeiro em 23 de novembro para acompanhar parte do julgamento dos réus Flávio dos Santos Rodrigues e Lucas Cézar dos Santos de Souza, filhos da ex-parlamentar.
À época, ele alegou sentir incômodo e deixou o tribunal antes da sentença. “Quero que se faça justiça. Meu filho foi morto. Me sinto arrasado, a família toda está arrasada. Perdi toda minha família. É muita maldade, ganância. Ela (Flordelis) podia ter se separado dele. Ela estaria solta, e ele, vivo. Por causa de dinheiro, aconteceu isso. Espero que a justiça seja feita”, disse Souza, emocionado.
Decisão do júri
Flordelis responde pela morte do pastor com outros nove réus no 3º Tribunal de Júri de Niterói, mas o julgamento ainda não tem prazo. A defesa recorre da decisão e já anunciou que vai até o Supremo Tribunal Federal (STF).
A ex-deputada foi denunciada pelo Ministério Público por homicídio triplamente qualificado, tentativa de homicídio duplamente qualificado, falsidade ideológica, uso de documento falso e organização criminosa.
No mês passado, no primeiro julgamento sobre o assassinato do pastor, os filhos de Flordelis Flávio dos Santos Rodrigues e Lucas Cezar dos Santos Souza foram condenados pelo júri popular.
Acusado de ter atirado, Flávio, filho biológico da religiosa, foi condenado a pena de 33 anos e 2 meses de prisão. Já Lucas, que teria comprado a arma, foi punido com 7 anos e 6 meses.