Caso Evandro: pai de santo fala pela 1ª vez e reafirma ser inocente
De acordo com Osvaldo Marcineiro, o pronunciamento não ocorreu antes pois ele não se sentia seguro
atualizado
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Um dos pais de santo acusados pelo desaparecimento e morte de Evandro Ramos Caetano, em Guaratuba, no litoral do Paraná, em 1992, comentou pela primeira vez publicamente sobre o caso, em uma rede social.
Nesta quarta-feira (16/6), Osvaldo Marcineiro usou o Facebook para comentar o crime. Na publicação, ele afirma que é inocente e que sofreu muito com as acusações que se estendem até os dias de hoje.
“Sofri muito que essa mentira manchou esse sobrenome tão glorioso da nossa família. Essa trama diabólica não irá nos afetar mais pois somos todos inocentes. #7inocentesdeguaratuba”, afirmou.
Veja a publicação:
De acordo com ele, o pronunciamento não ocorreu antes pois não se sentia seguro. Após lançamento da série sobre as circunstâncias do desaparecimento de Evandro, no Globoplay, ele tomou coragem.
“Por tudo que me aconteceu, tudo que passei. Me tornei uma pessoa incrédula em certas situações, principalmente em acreditar no ser humano, não acreditava que poderia ter tantas pessoas boas no mundo ainda, ou simplesmente não acreditava mais na mídia. Então fiquei somente observando e analisando”, afirmou.
Segundo informações do G1, o advogado Figueiredo Basto, que defende Beatriz Abagge, também suspeita, disse que irá pedir uma revisão criminal do processo sobre o caso no Tribunal de Justiça do Estado do Paraná (TJ-PR) e também vai pedir na Corte Interamericana de Direitos Humanos a condenação do Estado por ato de tortura das autoridades contra os acusados.
Já a PM aponta que Evandro foi morto em um ritual religioso encomendado por Celina e Beatriz Abagge, esposa e filha do então prefeito da cidade, Aldo Abagge, e os pais de santo Osvaldo Marcineiro, Davi dos Santos Soares e Vicente de Paula.
Os cinco chegaram a confessar o crime, mas depois alegaram que tinham sido torturados pela polícia para admitir o ritual.