Caso Dom e Bruno: Justiça adia audiências dos acusados de assassinato
A Justiça Federal adiou as audiências devido a problemas com a conexão da internet. Nova data para interrogatórios não foi definida
atualizado
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As audiências de instrução que vão decidir se os acusados do assassinato do indigenista brasileiro Bruno Pereira e do jornalista britânico Dom Phillips, que deveriam ser concluídas nesta quarta-feira (22/3), em Tabatinga, no Amazonas, acabaram adiadas. Problemas na conexão com a internet levaram a Justiça Federal a adiar o fim dessa etapa do processo, mas não foi definida nova data.
O recurso serve para garantir o acompanhamento dos acusados. Estava previsto o interrogatório de três réus: Amarildo da Costa Oliveira, Oseney Costa de Oliveira e Jeferson da Silva Lima, que estão detidos em presídios federais de Catanduvas (PR) e de Campo Grande (MS).
Em nota, a Vara Única da Subseção Judiciária de Tabatinga informou que houve atrasos nos três dias de audiências. Nesta quarta-feira, o juiz encerrou a audiência após aguardar a normalização da conexão, por duas horas, sem sucesso. Com isso, ficam pendentes as oitivas de algumas testemunhas.
Segundo a nota, parte das testemunhas está sendo ouvida presencialmente, e outra parte, de modo remoto. “Os réus participam dos atos por videoconferência e serão interrogados após a oitiva de todas as testemunhas, conforme determina a lei”, finaliza a nota.
Bruno Pereira e Dom Phillips foram mortos, em junho do ano passado, nas proximidades da Terra Indígena do Vale do Javari, no Amazonas. Eles articulavam um trabalho conjunto para denunciar crimes socioambientais na região do Vale do Javari, onde há a maior concentração de povos isolados e de contato recente do mundo. Dom Phillips pretendia, inclusive, publicar um livro sobre as questões que afetam o território e fazia apurações das informações à época.
Na Terra Indígena Vale do Javari encontram-se 64 aldeias de 26 povos e cerca de 6,3 mil pessoas.