A decisão da Justiça Federal do Amazonas atendeu pedido da defesa de Amarildo da Costa Oliveira, conhecido pelo “Pelado”; Oseney da Costa de Oliveira, conhecido como “Dos Santos”; e Jefferson da Silva Lima, conhecido como “Pelado da Dinha”.
De acordo com a defesa, há um habeas-corpus no Tribunal Regional Rederal da 1ª Região (TRF-1) que questiona o indeferimentos de oitivas por parte do juiz. Nesta fase do processo judicial, a Justiça analisa se os réus serão levados a júri popular.
Além disso, a defesa, para defender o adiamento dos depoimentos, alegou dificuldades de entrar em contato com os réus nos presídios com a devida confidencialidade. Com isso, o juiz determinou que as unidades prisionais esclareçam a situação.
Uma vez que os réus não prestaram depoimento, a audiência, que ocorreu por video-chamada, se limitou a colher as declarações de uma testemunha e de um informante. A defesa dos réus dispensou a oitiva de outra testemunha presente na audiência.
Em 5 de junho de 2022, o jornalista Dom Phillips e o indigenista Bruno Pereira viajavam juntos para que Dom realizasse entrevistas para o livro que escrevia sobre a preservação da Amazônia
Photo by Victoria Jones/PA Images via Getty Images
2 de 17Arquivo pessoal
3 de 17
Contudo, nesse percurso, os dois desapareceram. As equipes de vigilância indígena da União dos Povos Indígenas do Vale do Javari (Univaja) fizeram as primeiras buscas, sem resultados
Divulgação
4 de 17
No dia seguinte, a Univaja emitiu comunicado informando, oficialmente, o sumiço dos homens. Em seguida, equipes da Marinha, Polícia Federal, Ministério Público Federal e do Exército foram mobilizadas e deram início a uma operação de busca
Reprodução/Redes sociais
5 de 17
Em 8 de maio, a força-tarefa efetuou a prisão do primeiro suspeito pelo desaparecimento: Amarildo da Costa de Oliveira, conhecido como Pelado. Vestígios de sangue foram encontrados na lancha de Amarildo após perícia da Polícia Federal
Arquivo pessoal
6 de 17
Em 12 de junho, uma semana depois, mochilas com os pertences pessoais de Dom e Bruno foram encontradas. Não muito tempo depois, Oseney da Costa de Oliveira, conhecido como “Dos Santos”, irmão de Pelado, foi preso sob suspeita de envolvimento no crime
Reprodução/Redes sociais
7 de 17
Mulheres realizam manifestação após morte de Bruno e Dom na Amazônia
Photo by Victoria Jones/PA Images via Getty Images
8 de 17
Bruno e Dom foram interceptados em rio e executados
Material cedido ao Metrópoles
9 de 17
Os suspeitos, então, teriam retirado os pertences pessoais das vítimas do barco em que estavam e o afundaram. Em seguida, queimaram os corpos de Dom e Bruno
Redes sociais/reprodução
10 de 17
A tentativa de ocultação, porém, não teria dado certo. Jeferson e Amarildo retornaram no dia seguinte, esquartejaram os corpos e os enterraram em um buraco escavado. A distância entre o local em que os pertences foram escondidos e onde os corpos foram enterrados é de 3,1 km
Divulgação/Polícia Federal
11 de 17
Depois de fazer uma reconstituição do caso junto a Amarildo, a força-tarefa anuncia ter encontrado “remanescentes humanos” que, mais tarde, se confirmariam como os corpos de Dom e Bruno
Reprodução/Redes sociais
12 de 17
Em 16 de junho, os corpos de Dom e Bruno chegaram a Brasília para realização de perícia e confirmação de identidade
Igo Estrela/Metrópoles
13 de 17
Em 19 de junho, a polícia informou ter identificado outros cinco suspeitos que teriam atuado na ocultação dos cadáveres. Segundo a PF, “os executores agiram sozinhos, não havendo mandante nem organização criminosa por trás do delito”
Reprodução/Twitter/@andersongtorres
14 de 17
Exame médico-legal indicou que morte de Dom Phillips foi causada por disparo de arma de fogo
Photo by Victoria Jones/PA Images via Getty Images
15 de 17
A morte de Bruno Pereira foi causada, segundo os peritos, por traumatismo toracoabdominal e craniano por disparos de arma de fogo com munição típica de caça, “que ocasionaram lesões no tórax/abdômen (2 tiros) e face/crânio (1 tiro)”
Funai/Divulgação
16 de 17
Bruno era considerado um dos indigenistas mais experientes da Funai. Ele dedicou a carreira à proteção dos povos indígenas. Nascido no Recife, tinha 41 anos. Ele deixa esposa e três filhos
Reprodução
17 de 17
Dom Phillips, 57 anos, era colaborador do jornal britânico The Guardian. Ele se mudou para o Brasil em 2007 e morava em Salvador, com a esposa
Em julho de 2022, o Ministério Público denunciou três pessoas pelos assassinatos de Bruno e Dom. A Justiça Federal em Tabatinga (AM) acatou o pedido e tornou réus os três envolvidos.
Em agosto de 2022, a Polícia Federal (PF) ainda cumpriu mandados de prisão contra três suspeitos de participação na ocultação dos corpos do indigenista e do jornalista.
Receba notícias do Metrópoles no seu Telegram e fique por dentro de tudo! Basta acessar o canal de notícias no Telegram.
Compartilhar
Quais assuntos você deseja receber?
Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:
1.
Mais opções no Google Chrome
2.
Configurações
3.
Configurações do site
4.
Notificações
5.
Os sites podem pedir para enviar notificações
Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?