Caso de ataque à Porta dos Fundos será tratado como crime “mais leve”
Eduardo Fauzi respondia por tentativa de homicídio, mas revisão judicial mudou acusação para crime de causar incêndio, com pena menor
atualizado
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O Ministério Público do Rio de Janeiro mudou a acusação contra Eduardo Fauzi, denunciado por atacar a produtora do canal de humor Porta dos Fundos com coquetéis molotov, em dezembro de 2019.
Ele foi denunciado por tentativa de homicídio em 2020, mas uma decisão judicial de março deste ano entendeu que não houve crime contra a vida. Assim, o processo foi redistribuído considerando apenas o crime de causar incêndio, que tem pena menor que tentativa de homicídio.
O entendimento inicial do MP era que Fauzi assumiu o risco de matar o porteiro da produtora, que conseguiu apagar as chamas com um extintor de incêndio e fugiu do local sem se ferir.
A mudança na denúncia ainda deve passar pelo crivo de outro juiz. Essa alteração na acusação contra Eduardo Fauzi foi revelada pelo portal G1 do Rio de Janeiro.
Já foi considerado terrorismo
O caso do atentado contra o Porta dos Fundos chegou a tramitar na Justiça Federal, pois Eduardo havia virado réu por terrorismo. No entanto, essa acusação também foi revisada e o caso voltou para a Justiça Estadual como tentativa de homicídio, em fevereiro deste ano.
Eduardo Fauzi fugiu para a Rússia poucos dias depois do crime e ficou foragido da polícia, até ser preso pela Interpol em setembro de 2020.
Dois coquetéis molotov foram arremessados contra a produtora na madrugada de 24 de dezembro de 2019. O ataque teria sido uma represália ao especial de Natal do Porta dos Fundos, que fazia piadas com Jesus Cristo.