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Caso Brigadeirão: namorada e cigana viram rés por morte de empresário

Luiz Marcelo Antônio Ormand morreu em maio deste ano, após comer o doce envenenado. Justiça do Rio aceitou a denúncia do MP contra acusadas

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Suspeita de matar namorado com brigadeirão envenenado é ouvida pela polícia
1 de 1 Suspeita de matar namorado com brigadeirão envenenado é ouvida pela polícia - Foto: Reprodução/TV Globo

Júlia Andrade Cathermol Pimenta e Suyany Breschak, acusadas de matar o empresário Luiz Marcelo Ormond envenenado com um doce em maio deste ano, se tornaram rés no caso após a Justiça do Rio aceitar a denúncia do Ministério Público (MPRJ). A vítima morreu após um comer um brigadeirão envenenado.

“Os depoimentos colhidos na fase de inquérito policial evidenciam que as denunciadas estavam unidas no intuito de eliminar a vida da vítima, tendo por fim usufruir de seus bens, praticando atos dissimulados ao longo do tempo que antecedeu ao crime, agindo com atuação calculada e fria, a revelar a periculosidade acima do padrão normal da vida urbana, tornando a custódia necessária para a garantia da ordem pública que se demonstrou abalada com a prática do crime”, destacou a juíza Lúcia Mothe Glioche, titular da 4ª Vara Criminal, em sua decisão sobre o caso.

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Júlia Carthemol é a principal suspeita de matar o namorado com um brigadeirão
Suspeita de matar namorado com brigadeirão envenenado é ouvida pela polícia
Empresário Luiz Marcelo Antônio Ormond tinha 45 anos
Júlia Pimenta e o empresário Luiz Marcelo Ormond no dia do crime
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Mulher envolvida no caso do brigadeirão teria roubado e vendido armas do namorado

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Júlia Carthemol é a principal suspeita de matar o namorado com um brigadeirão

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Suspeita de matar namorado com brigadeirão envenenado é ouvida pela polícia

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Empresário Luiz Marcelo Antônio Ormond tinha 45 anos

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Júlia Pimenta e o empresário Luiz Marcelo Ormond no dia do crime

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Júlia era namorada do empresário, e a cigana Suyany foi considerada mentora do assassinato. Elas viraram rés por homicídio, falsidade ideológica e associação criminosa.

Atualmente, Júlia está presa no Instituto Penal Oscar Stevenson, em Benfica, na Zona Norte. Já Suyany está no Presídio Djanira Dolores de Oliveira, no Complexo de Gericinó, em Bangu, na Zona Oeste.

A advogada Hortência Menezes, que defende Júlia, disse que analisa as provas técnicas para responder à acusação. Já o advogado Etevaldo Tedeschi, responsável pela defesa de Suyany, informou que vai se pronunciar nos autos do processo dentro do prazo estabelecido, que é de 10 dias após a citação da acusada. A defesa reafirmou que sua cliente é inocente.

Além das duas, outras quatro pessoas foram indiciadas pela Polícia Civil. São elas:

  • Leandro Jean Rodrigues Cantanhede, por receptação, venda de armas, associação criminosa e fraude processual;
  • Victor Ernesto de Souza Chaffin, por receptação criminosa, venda de armas, associação criminosa e fraude processual;
  • Geovani Tavares Gonçalves, pela compra das armas de Ormond;
  • Michael Graça Soares, pela compra das armas de Ormond.

Relembre o caso

O corpo de Luiz Marcelo foi encontrado em avançado estágio de decomposição dentro do seu apartamento, no Engenho Novo, Zona Norte do Rio, no dia 20 de maio deste anos. A suspeita é de que o empresário tenha morrido no dia 17 daquele mês, depois de ter comido o brigadeirão oferecido pela namorada, Júlia.

A necrópsia encontrou um líquido achocolatado no estômago de Ormond, e uma perícia mais detalhada apontou a presença de morfina e do ansiolítico clonazepam no trato gástrico do homem.

A polícia considera que a alta dosagem das drogas matou Ormond em menos de meia hora, a julgar pelas câmeras do elevador do prédio dele. O empresário aparece descendo para a piscina às 17h04 com o prato de brigadeirão na mão e, às 17h47, sobe ao apartamento tossindo muito e já bem abalado.

Júlia foi ouvida na 25ª DP (Engenho Novo) no dia 22 de maio, na condição de envolvida. Na ocasião, ela disse ter largado o carro de Ormond na Maré a pedido dele (o que a polícia afirma ser mentira) e ido embora do apartamento no dia 20, após brigar com o namorado. Em hora alguma ela falou que Ormond tinha passado mal.

Durante depoimento no dia 22, Julia sorriu várias vezes ao falar de Ormond. Para o delegado Marcos Buss, da 25ª DP, ela demonstrou “extrema frieza”.

Após depor, Júlia foi para a casa do (outro) namorado, Jean Cavalcante de Azevedo, em Campo Grande, na Zona Oeste. À polícia, Jean disse que hospedou a mulher até o dia 27.

Nesse dia, segundo alegaram os pais de Júlia, ela voltou para casa, também em Campo Grande, onde os recebeu. Preocupados com o estado da filha — que dizia ter feito “uma besteira”, sem no entanto detalhá-la. Os pais dela, Carla e Marino a levaram até Maricá, também no Rio, onde moram.

A namorada do empresário ainda teria mantido a rotina com o cadáver em casa. Ela chegou a mandar mensagens à cigana, queixando-se do cheiro que o corpo em decomposição exalava e chegou a dizer que havia um urubu na janela.

Suyany é amiga da Júlia há 12 anos e fazia trabalhos espirituais para a amiga. Segundo a polícia, a namorada da vítima devia R$ 600 mil à cigana.

Suyany foi presa antes de Júlia, enquanto a psicóloga continuou foragida por alguns dias – até que se rendeu depois de uma negociação com a polícia.

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