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Caso Brigadeirão: mensagens mostram acusadas discutindo após o crime

A conversa entre as acusadas mostra que a cigana tentou responsabilizar apenas a namorada do empresário, Júlia Andrade, pelo assassinato

atualizado

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Uma série de mensagens, interceptadas pela Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro (PCERJ), mostram que duas acusadas de matar o empresário Luiz Marcelo Antônio Ormond chegaram a discutir após o assassinato. A informação é do jornal O Globo.

As mensagens foram trocadas no WhatsApp 10 dias após o homicídio. Na conversa, a cigana Suyany Breschak pareceu tentar responsabilizar apenas a namorada do empresário, Júlia Andrade Cathermol Pimenta, pelo crime.

Conforme as investigações, Suyany é amiga da Júlia há 12 anos e fazia trabalhos espirituais para ela.

Confira a troca de mensagens, datada do dia 26 de maio:

 O bate-papo entre as acusadas foi colhido pela 25ª DP (Engenho Novo).

  • Suyany: “‘Você que matou o cara e me falou só depois”
  • Júlia: “Cara, como assim?”
  • Suyany: “[…] verdade que você simplesmente fez sozinha. Ninguém mandou você fazer”
  • Júlia: “Não tô acreditando que você tá fazendo isso comigo”
  • Suyany: “Você matou uma pessoa, cara. E eu não te cobrava o trabalho, deixava você me pagar parcelado por mês […]”
  • Júlia: “Você tá mandando tudo isso para se livra (sic) e mostrar como prova… Não acredito que você tá fazendo isso, velho… Você sabe que não foi assim. Eu esperava tudo de qualquer pessoa, menos de voce (sic)”
  • Suyany: “[…] Eu que não esperava isso de você. Te ajudei há 12 anos para mais, acho. Para você colocar eu como se eu tivesse matado? […] Por causa de um carro que você não falou”
  • Júlia: “Você sabe que não é essa a história… Mas tá bem”
  • Suyany: “Júlia, tenho todos os comprovantes e todos os trabalhos de amarração que você pediu de limpeza, de tudo, inclusive a carta que você me deu quando entregou o carro […]”
  • Júlia: “Você é minha mãe de santo… você está distorcendo a história…”
  • Suyany: “[…] Eu matei a pessoa? Eu mandei você matar? Eu sabia da morte? […] E fala pros (sic) policiais aonde você enfiou as coisas porque estão dizendo que estão comigo e dizendo que você saiu de lá [do apartamento] cheia de coisas”
  • Júlia: “Parei por aqui. De verdade, não esperava isso de você… fica bem! E espero que as entidades estejam vendo isso […]”

Seis indiciados pela morte do empresário

Ontem (12/7), a PCERJ indiciou seis pessoas pelo envolvimento na morte da vítima, que foi envenenada após comer um brigadeirão. Além das mulheres, outras quatro pessoas chegaram a ser indiciadas pela polícia no crime.

Júlia e Suyany são acusadas de homicídio por motivo torpe com emprego de veneno e com uso de traição ou emboscada e por se apropriar dos bens do empresário. Há ainda acusações de estelionato, associação criminosa, fraude processual e falsidade ideológica.

Veja os demais indiciados no crime:

  • Leandro Jean Rodrigues Cantanhede, por receptação, venda de armas, associação criminosa e fraude processual;
  • Victor Ernesto de Souza Chaffin, por receptação criminosa, venda de armas, associação criminosa e fraude processual;
  • Geovani Tavares Gonçalves, pela compra das armas;
  • Michael Graça Soares, pela compra das armas.
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Júlia Carthemol é a principal suspeita de matar o namorado com um brigadeirão
Suspeita de matar namorado com brigadeirão envenenado é ouvida pela polícia
Empresário Luiz Marcelo Antônio Ormond tinha 45 anos
Júlia Andrade Cathermol Pimenta é suspeita de matar o namorado, Luiz Marcelo Ormond, envenenado
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Mulher envolvida no caso do brigadeirão teria roubado e vendido armas do namorado

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Júlia Carthemol é a principal suspeita de matar o namorado com um brigadeirão

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Suspeita de matar namorado com brigadeirão envenenado é ouvida pela polícia

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Empresário Luiz Marcelo Antônio Ormond tinha 45 anos

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Júlia Andrade Cathermol Pimenta é suspeita de matar o namorado, Luiz Marcelo Ormond, envenenado

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Relembre o caso do brigadeirão

O corpo do empresário foi encontrado em estado avançado de decomposição em um apartamento no bairro do Engenho Novo, na zona norte do Rio de Janeiro, em 20 de maio. Investigações indicam que Júlia comprou um remédio controlado para envenená-lo.

A namorada do empresário ainda teria mantido a rotina com o cadáver em casa. Ela chegou a mandar mensagens à cigana, queixando-se do cheiro que o corpo em decomposição exalava e chegou a dizer que havia um urubu na janela.

Segundo a polícia, a namorada da vítima devia R$ 600 mil à cigana.

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