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Caso Anic: suspeito usou dados do marido dela para comprar bitcoins

suspeito usou dinheiro do resgate de Anic para investimento em bitcoins. Do total, cerca de R$ 790 mil foram recuperados

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Arquivo pessoal
Mulher com traje de banho
1 de 1 Mulher com traje de banho - Foto: Arquivo pessoal

De acordo com a polícia, o principal suspeito do desaparecimento da advogada e estudante de Psicologia Anic de Almeida Peixoto Herdy, de 55 anos, Lourival Correa Netto Fadiga, usou dados do marido da vítima, Benjamim Cordeiro Herdy, de 78, para tentar comprar bitcoins. 

Segundo a corporação, Lourival depositou parte do dinheiro que recebeu pelo resgate de Anic em uma empresa intermediadora, que atua junto a uma plataforma de negociação de criptoativos. No total, o homem recebeu cerca de R$ 4,6 milhões que foram exigidos em dólares, reais e também em bitcoins.

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Lourival Correa Netto Fadiga é suspeito de sequestrar Anic
Advogada desaparecida na região serrana do Rio de Janeiro
Anic Peixoto Herdy, advogada desaparecida na região serrana do Rio de Janeiro
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Anic Herdy e Lourival Fadiga

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Lourival Correa Netto Fadiga é suspeito de sequestrar Anic

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Advogada desaparecida na região serrana do Rio de Janeiro

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Anic Peixoto Herdy, advogada desaparecida na região serrana do Rio de Janeiro

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Apesar do pagamento, a mulher nunca voltou para casa.

A advogada foi vista pela última vez no dia 29 de fevereiro e a polícia acredita que ela está morta. Já Lourival está preso desde o dia 20 de março. Ao que tudo indica, ele e a advogada mantinham uma relação amorosa.

Investimento em bitcoins com resgate de Anic

Investigações da 105ª DP (Petrópolis) revelam que o suspeito criou um e-mail em nome de Benjamim e depositou R$ 790 mil, no dia 8 de março, numa conta de uma empresa que iria intermediar a compra de bitcoins, junto a uma plataforma de negociação de criptoativos.

Na última quarta-feira (12/6), a polícia conseguiu rastrear o dinheiro e apreender a quantia. É que, como Lourival foi preso no dia 20 de março, ele não teria tido tempo suficiente para entregar o restante da documentação exigida para conclusão do negócio.

Outra parte do dinheiro do resgate foi depositada por Benjamim em 40 contas de doleiros e de empresas exportadoras, indicadas por Lourival. Três desses depósitos, no valor de R$ 325 mil cada um, serviram para a compra de 950 celulares, num comércio do Paraguai.

Os aparelhos iriam abastecer uma loja do suspeito, localizada em Teresópolis, na Região Serrana.

Conforme a apuração do caso, os aparelhos teriam sido entregues a um atravessador, que por sua vez iria levar a mercadoria até o lado brasileiro da fronteira. No entanto, a polícia ainda não conseguiu apreender os telefones.

A última parte do resgate foi entregue pela família de Anic no dia 11 de março. Na ocasião, Benjamim e Lourival levaram o dinheiro em uma mochila que deveria ser entregue em um shopping, na Zona Oeste do Rio. No mesmo Anic seria libertada.

No meio do caminho, o suspeito alegou ter recebido uma mensagem em seu telefone, onde sequestradores indicavam que ele deveria levar o resgate para ser colocado em uma cesta de lixo, localizada na comunidade do terreirão, no Recreio dos Bandeirantes.

Enquanto isso, o marido de Anic deveria esperar por ela no shopping da Zona Oeste.

Nenhuma das duas coisas aconteceu. Segundo a polícia, Lourival foi até uma concessionária da Barra da Tijuca e comprou por R$ 500 mil uma picape. A compra foi feita em espécie. Como a advogada não reapareceu, a família dela registrou o caso na 105ª DP, no dia 14 de março. Seis dias depois, Lourival foi preso por ordem da Justiça.

Relação de proximidade

Benjamim e Anic são casados há mais de 20 anos. Ele é um dos filhos do fundador de um complexo educacional que deu origem a uma universidade particular, vendida para outro grupo educador, em 2021.

Já Lourival era amigo de Benjamim e Anic há três anos. Após se apresentar como falso policial federal, ele chegou a ser responsável pela segurança da família da advogada e chegava a acompanhar o casal em viagens.

Além de Lourival, também estão presos um filho, uma filha e a ex-namorada do técnico de informática. Todos são suspeitos de ajudar de alguma maneira a execução do crime. As defesas de todos os presos já negaram anteriormente envolvimento dos seus clientes no desaparecimento da advogada.

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