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Caso Anic: “Não sabiam de nada”, diz defesa dos filhos de suspeito

Defesa dos filhos de Lourival Correa Netto Fadiga afirma que irmãos foram induzidos a participar do crime contra Anic Herdy

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Anic Herdy e Lourival Fadiga
1 de 1 Anic Herdy e Lourival Fadiga - Foto: Reprodução

De acordo com a defesa dos irmãos Maria Luiza Vieira Fadiga e Henrique Vieira Fadiga, envolidos no desaparecimento da advogada Anic Herdy, a dupla foi induzida pelo pai – Lourival Correa Netto Fadiga, principal suspeito do caso – a participar, sem saberem do crime.

Anic foi vista pela última vez no dia 29 de fevereiro de 2024, em um shopping da Região Serrana do Rio de janeiro.

Em um documento entregue à Justiça, na quarta-feira (19/6), os advogados alegam que Maria Luíza e Henrique não praticaram crimes. O texto ainda pede a absolvição sumária da dupla ou a revogação das prisões preventivas dos irmãos, para que eles respondam o processo em liberdade.

Mesmo assim, um relatório da polícia indica a participação dos irmãos.

Para a 105ª Delegacia de Polícia (Petrópolis-RJ), Maria Luisa tinha ciência do crime. Ela teria, inclusive, usado o próprio nome para emplacar uma picape comprada pelo pai, Lourival Correa Netto Fadiga, por R$ 500 mil, pagos em espécie.

O valor fazia parte do resgate de R$ 4,6 milhões, entregue pela família de Anic para que vítima fosse liberada de um suposto cativeiro.

Segundo a polícia, Henrique Vieira Fadiga participou da compra de US$ 150 mil dólares, feita por Lourival, com um doleiro, no início de março. Ele teria recebido pessoalmente parte das cédulas, de acordo com a investigação.

O que diz a defesa?

O advogado Vinicius Santos, que defende os irmãos Maria Luisa e Henrique Vieira Fadiga, afirma que a dupla não sabia de nada.

Sobre o emplacamento do carro no nome de Maria Luiza Vieira Fadiga, ele afirma que Lourival Correa Netto pediu que e a filha assinasse o documento e que, apesar de a jovem não saber do que se tratava, confiou no pai. “Era o pai dela. Ela não desconfiou em nenhum momento”, diz o advogado.

Já em relação a atuação de Henrique, o jovem teria recebido o dinheiro. “Ele estava na casa do pai. Bateram na porta e falaram, olha seu pai pediu para deixar o dinheiro aqui. Ele não sabia que o dinheiro era produto de crime. Seu pai, aliás já transacionava compra de dólares há muito tempo”, afirma.

O desaparecimento de Anic

A advogada e estudante de psicologia Anic de Almeida Peixoto Herdy foi vista pela última vez, no dia 29 de fevereiro, ao sair a pé de um shopping, em Petrópolis, na Região Serrana do Rio de Janeiro.

Horas depois, Benjamim de Souza Herdy, com quem ela é casada, recebeu uma mensagem exigindo o pagamento de R$ 4,6 milhões para que a mulher fosse libertada.

O pagamento da quantia foi concluida no dia 11 de março. Os depósitos foram realizados em 40 contas de doleiros e de empresas indicadas por Lourival. Como Anic não apareceu mesmo depois da entrega do resgate, a família registrou o caso na 105ªDP no dia 14 de março de 2024.

Seis dias depois, Lourival Correa Netto foi preso em Teresópolis (RJ).

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