Caso Ágatha: Witzel manda apurar se PMs foram a hospital atrás de projétil
Denúncia de que um grupo de policiais militares invadiu unidade horas depois da morte da menina Ágatha será investigada, promete governador
atualizado
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O governador do Rio, Wilson Witzel (PSC), afirmou pelo Twitter que vai apurar “com rigor” a denúncia de que um grupo de policiais militares invadiu o Hospital Getúlio Vargas, na Penha (zona norte do Rio), um dia após a morte da estudante Ágatha Félix, para exigir dos funcionários a entrega do projétil que matou a menina, no Complexo do Alemão (zona norte do Rio).
A informação foi divulgada nesta quinta-feira (03/10/2019), pelo site da revista Veja, e, até as 17h20, nem a Polícia Civil nem a Militar haviam se pronunciado sobre a denúncia.
Conforme a revista, os médicos se recusaram a entregar a munição, e os policiais foram embora. Só um fragmento do projétil foi encontrado pelos médicos, e encaminhada à Polícia Civil, que concluiu não ser possível compará-la com as armas dos policiais que estavam patrulhando a região no momento.
“Sobre a informação de que policiais militares teriam tentado pegar a bala que atingiu a menina Ágatha, minha posição é firme: tudo será apurado com rigor. Os fatos, se comprovados, são inadmissíveis. Os culpados serão punidos”, publicou Witzel em seu perfil no Twitter.
Ágatha, de 8 anos, foi morta por uma bala perdida quando estava em uma lotação, a caminho de casa, na Fazendinha (uma das favelas do Complexo do Alemão), por volta das 21h do dia 20.
Testemunhas alegam que o tiro foi disparado por algum dos policiais militares que patrulhavam a região. A PM diz que havia um tiroteio entre os agentes e criminosos.
Uma moto passava pelo local no momento do disparo, e policiais alegam que o homem que ocupava a garupa atirou contra eles. Testemunhas negam que estivesse havendo tiroteio.