metropoles.com

Caso Ágatha: “Rua estava cheia e PM atirou mesmo assim”, diz mãe

Família da criança ainda não voltou para casa onde morava e não enfeitou árvore de Natal, que era decorada pela menina

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Arquivo pessoal
Ágatha-Félix
1 de 1 Ágatha-Félix - Foto: Arquivo pessoal

No primeiro Natal sem a filha, Ágatha Félix, de 8 anos, morta por um tiro de fuzil disparado por um policial militar no Complexo do Alemão, a mãe da menina, Vanessa Félix, disse esperar que o PM que atirou na menina seja responsabilizado.

“A rua estava cheia de gente, e ele [PM] atirou mesmo assim. Cometeu um erro, e com uma arma na mão não tem como voltar atrás. Tem que ser responsabilizado, porque a polícia não está aí para tirar a vida de inocentes, e sim para nos proteger. Nada vai trazer minha filha de volta, e não há como apagar da minha vida o que aconteceu, mas ele precisa responder pelo que fez”, disse.

As informações são do jornal O Globo.

Segundo Vanessa, a família tinha o costume de montar uma árvore de Natal todos os anos, mas, neste ano em especial, ela não foi decorada. De acordo com a mãe, o enfeite sempre ficava por conta de Ágatha.

“Só de falar em Natal, eu já estremeço. Ia tentar viajar, mas não acho que adianta a gente fugir. Teremos que encarar. Eu sei que minha filha ia querer que eu estivesse bem. Então, eu tenho que seguir, dia após dia”, declarou.

Antes da morte de Ágatha, a família morava em uma casa no Complexo do Alemão, mas desde a tragédia, Vanessa contou que passou a morar com a mãe, também no complexo, e pretende voltar à casa antiga somente para fazer a mudança.

“Eu sei que também preciso enfrentar isso, só não precisa acontecer agora. Mas, continuar morando lá, não é mais a minha vontade. Mesmo com a Ágatha ainda viva, eu já não queria mais, porque estava sufocante. Era tiroteio todo dia, helicóptero atirando lá de cima”, afirmou.

Cabo virou réu

No começo de dezembro, a Justiça aceitou a denúncia do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) contra o cabo da Polícia Militar Rodrigo José de Matos Soares, acusado de ter matado a menina Ágatha Vitória Sales Felix, 8 anos, no Complexo do Alemão, em setembro.

O PM virou réu pelo crime de homicídio duplamente qualificado (motivo fútil e mediante recurso que dificultou a defesa da vítima). Na decisão, a juíza Viviane Ramos de Faria, da 1ª Vara Criminal do Rio, ainda estipulou medidas cautelares, como o afastamento dele do patrulhamento nas ruas e a suspensão de seu porte de arma.

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?