Casinha Games de Mario Frias prevê R$ 2,9 milhões para convênios com DF e RJ
Projeto da Secretaria Especial de Cultura pretende oferecer cursos profissionalizantes na área de jogos eletrônicos para jovens carentes
atualizado
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A Casinha Games, projeto da Secretaria Especial de Cultura do governo federal, com o objetivo de oferecer cursos profissionalizantes a jovens vulneráveis, prevê repasses de R$ 2,9 milhões em verbas federais para convênios com os governos do Distrito Federal e do Rio de Janeiro. A ideia é iniciar as aulas até o segundo semestre do ano que vem.
O projeto ficou conhecido no início de setembro, quando o Diário Oficial da União trouxe dados sobre o repasse de R$ 4,6 milhões para o projeto, que o titular do órgão, Mario Frias, não detalhou. O jornal O Globo publicou nesta sexta-feira (1º/10) reportagem revelando que a ideia é tocar o programa em convênio com estados, que devem investir uma contrapartida de 20% do que receberem do governo federal e assumir a responsabilidade de fazer a licitação dos equipamentos e mobiliário necessários.
O jornal conseguiu, via Lei de Acesso à Informação, documentos que detalham os planos do órgão gerido por Mario Frias. O Metrópoles também havia feito pedido semelhante e teve acesso aos mesmos dados.
A ideia do Casinha Games é montar uma espécie de complexo cultural com salas de aula, voltado a jovens carentes de cidades médias, de 20 mil a 100 mil habitantes. Não há detalhes sobre onde o projeto vai funcionar nas unidades da federação já selecionadas, até porque os convênios ainda estão sendo negociados.
O Casinha Games, segundo os dados, já sofreu um corte em relação aos R$ 4,6 milhões inicialmente previsto, e terá R$ 2,93 milhões para sair do papel. Veja a previsão de investimento em cada um dos estados e a contrapartida esperada:
A meta inicial é formar 400 jovens em situação de vulnerabilidade a partir dos 13 anos em cada um dos estados. Os convênios têm duração prevista de 18 meses em cada local e as estruturas onde as aulas vão acontecer serão alugadas. De acordo com o parecer técnico divulgado pelo Globo, está previsto que a operação seja feita pela prestadora de serviço Ghost Jack Entertainment Brazil Office, uma microempresa sediada em Belo Horizonte.
A ideia é oferecer cursos de 10 meses de duração para formar profissionais que consigam desenvolver jogos eletrônicos e fazer animações digitais. Não há informações ainda sobre os critérios de seleção dos interessados.