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Casamentos homoafetivos crescem 43%, mas ainda são só 1% do total

A pesquisa do IBGE aponta que mais da metade dos 9.202 casamentos homoafetivos firmados em 2021 foram na região Sudeste

atualizado

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Jon Vallejo/Getty Images
Silhueta de mãos dadas atrás de bandeira LGBTQIA+
1 de 1 Silhueta de mãos dadas atrás de bandeira LGBTQIA+ - Foto: Jon Vallejo/Getty Images

Entre 2020 e 2021, o número de casamentos entre pessoas do mesmo sexo teve um crescimento de 43%. A quantidade de uniões de casais homoafetivos, porém, representa apenas 1% do total de matrimônios registrados no período em todo o Brasil.

Os dados fazem parte da pesquisa Estatísticas do Registro Civil 2021, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira (15/2). O relatório reúne informações de mais de 21.400 cartórios, órgãos vinculados à Justiça e tabelionatos de notas.

Em 2021, o Brasil contabilizou 9.202 casamentos entre pessoas do mesmo sexo. Desse total, cerca de 60% são relações entre mulheres, enquanto mais de 39% ocorreram entre homens.

O aumento no número de novas uniões entre pessoas do mesmo sexo acompanha o cenário nacional de crescimento dos registros. Em 2021, o Brasil contabilizou mais de 932 mil casamentos civis, o que representa um aumento de 23% em relação a 2020.

A pesquisa do IBGE aponta que mais da metade dos casais homoafetivos que selaram matrimônio em 2021 são da região Sudeste. Dos 9.202 casais, 17% são do Nordeste, enquanto 13% são da região Sul do país. Em todas as cinco regiões, o número de casamentos civis entre pessoas do mesmo sexo cresceu entre 2020 e 2021.

Imagem mostra gráfico da evolução dos casamentos entre pessoas do mesmo sexo. Para casais de homens e de mulheres, há um crescimento até 2018, uma queda que dura até 2020 e um aumento em 2021 - Metrópoles

Permissão recente

A possibilidade de que pessoas do mesmo sexo pudessem se casar é recente. Uma resolução do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) de 2013 vedou que as autoridades competentes se recusassem a celebrar casamento civil ou de conversão de união estável em casamento entre pessoas de mesmo sexo.

Dois anos antes da resolução assinada pelo então ministro Joaquim Barbosa ser publicada, o Supremo Tribunal Federal (STF) já havia equiparado a união homossexual à heterossexual.

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