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“Casamento” com PL deve atrasar, diz Bolsonaro sobre filiação

Declaração foi dada durante a participação do presidente na Dubai Air Show, considerada uma das principais feiras da indústria aeroespacial

atualizado

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Jair Bolsonaro
1 de 1 Jair Bolsonaro - Foto: Hugo Barreto/Metrópoles

Enviada especial aos Emirados Árabes – O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou, neste domingo (14/11), que sua filiação ao Partido Liberal (PL), prevista para o dia 22 de novembro, pode atrasar e não ocorrer na data esperada.

A declaração foi dada durante a participação do presidente na Dubai Air Show, considerada uma das principais feiras da indústria aeroespacial no mundo.

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Bolsonaro e a primeira-dama aterrisam nos Emirados Árabes
Bolsonaro e comitiva nos Emirados Árabes
Bolsonaro conversa com emir dos Emirados Árabes
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Bolsonaro se encontra com o emir de Dubai, Mohammed bin Rashid Al Maktoum

Alan Santos/PR
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Bolsonaro e a primeira-dama aterrisam nos Emirados Árabes

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Bolsonaro e comitiva nos Emirados Árabes

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Bolsonaro conversa com emir dos Emirados Árabes

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A filiação de Bolsonaro ao PL foi anunciada pelo presidente do partido, Valdemar Costa Neto, na última quarta-feira (10/11), após reunião no Palácio do Planalto. No entanto, segundo o chefe do Executivo nacional, o “casamento” com a sigla deve demorar para ser concretizado.

“Só vale depois que eu assinar embaixo. Enquanto eu não assinar, não vale. Você quer saber a data que vai nascer a criança e eu nem casei ainda, pô”, disse Bolsonaro neste domingo.

O presidente afirmou que o discurso do partido precisa estar alinhado com o dele para construir um “projeto de Brasil”. De acordo com o mandatário, ainda há “muita coisa” para se conversar com Valdemar Costa.

“Tem muita coisa pra conversar com o Valdemar da Costa ainda. Porque, afinal de conta, não é a minha bandeira que vai ficar isolada no partido dele. Nós queremos é um projeto de Brasil, e o discurso não é apenas o meu. É do presidente do partido também nós estarmos perfeitamente alinhados”, ressaltou.

Por fim, Bolsonaro comentou que a filiação no dia 22 de novembro — data que remete ao número do PL nas urnas — não deve ser cumprida.

“Eu acho difícil essa data de 22. Tenho conversado com ele, e estamos em comum acordo que podemos atrasar esse casamento para que não comece sendo muito igual aos outros. Não queremos isso”, finalizou.

Escolha do partido

Bolsonaro dizia que estava decidindo entre três legendas: PP, PL e Republicanos (antigo PRB). Há um acordo para que o PP indique o candidato a vice na chapa de Bolsonaro em 2022. O Republicanos também deve compor com o presidente na campanha.

Segundo apuração do colunista do Metrópoles Igor Gadelha, o presidente do PL estaria ameaçando deixar a base do chefe do Executivo federal, caso ele não se filiasse à sigla. Nos bastidores, dirigentes do PL teriam informado ao Palácio do Planalto que o partido poderia desembarcar do governo, caso o mandatário optasse por outra legenda.

Bolsonaro completou, na última sexta-feira (12/11), dois anos sem filiação partidária. Trata-se de um recorde entre presidentes da República e um prazo maior do que o previsto inicialmente pelos próprios bolsonaristas.

Em novembro de 2019, o chefe do Palácio do Planalto deixou o PSL, partido pelo qual foi eleito, após uma série de desentendimentos com a cúpula da sigla. Na ocasião, chegou a promover o lançamento de nova agremiação: o Aliança pelo Brasil. O projeto, porém, não saiu do papel, dada a dificuldade para recolher as assinaturas exigidas para registro perante o TSE.

Agenda internacional

O presidente Jair Bolsonaro chegou aos Emirados Árabes na manhã de sábado (13/11) para um “giro comercial” em busca de investimentos no Brasil. O mandatário da República ainda deve visitar Bahrein e Catar.

A agenda internacional ainda inclui reuniões para debater a alta do petróleo, que tem impacto direto nos preços dos combustíveis no Brasil, e a transição energética.

Esta é a segunda viagem presidencial de Bolsonaro a países do Oriente Médio e a nações que ficam na região do Golfo Pérsico. Em 2019, ainda no primeiro ano de mandato, o presidente brasileiro visitou Riad, na Arábia Saudita; Abu Dhabi, nos Emirados Árabes; e Doha, no Catar.

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