Casal preso por sequestro torturava vítimas com ferro de passar no ES
Casal torturava vítimas, após sequestro, para conseguir senhas e realizar transações bancárias, além de extorquir familiares
atualizado
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O casal preso na última terça-feira (2/1), por suspeita de sequestro e extorsão nas cidades de Vila Velha e Serra, no Espírito Santo, utilizava armas brancas, fogo e até um ferro de passar roupas para torturar as vítimas, segundo informações da Polícia Civil do estado.
Vanessa Santos, de 24 anos, e Igor Santos Ribeiro, de 25, atraíam as vítimas por meio de aplicativos de relacionamento e depois cometiam os crimes.
De acordo com a corporação, uma vez no cativeiro, as vítimas eram torturadas e os suspeitos cobravam resgates dos familiares. Conforme o titular da Delegacia Antissequestro (DAS), Alyson Pequeno, as investigações tiveram início após o familiar de uma vítima procurar a polícia.
Segundo o investigador, o caso chamou a atenção pela “barbaridade” com que os criminosos agiam com as vítimas, deixando-as muito debilitadas. Pequeno aponta que os suspeitos utilizavam a tortura para conseguir senhas bancárias e realizar transações financeiras, além de extorquir familiares dos sequestrados.
Ainda segundo o delegado, os números variam de acordo com o poder aquisitivo, mas cada vítima perdeu entre R$ 5 mil a R$ 50 mil.
Investigações sobre sequestro
As investigações do caso começaram em novembro do ano passado, depois que o familiar de uma das vítimas procurou a delegacia para informar o desaparecimento do parente, além de denunciar que estaria sendo alvo de extorsão.
De acordo com o delegado Alyson Pequeno, um homem, apontado como participante nos esquemas, foi preso ainda em 19 de dezembro. Segundo ele, pelo menos 20 pessoas procuraram a delegacia para registrar boletim de ocorrência sobre o crime de extorsão por encontros marcados por aplicativos de relacionamento.
A maior parte das vítimas são homens entre 30 e 60 anos, mas, de acordo com o delegado, os casos ainda são subnotificados, uma vez que muitas pessoas sentem vergonha de denunciar o crime.