Casal gay denuncia PM por agressão durante abordagem em Goiânia
Homens chegavam à casa de familiares, quando viatura se aproximou. Policial teria dado soco e batido a cabeça de um deles contra o veículo
atualizado
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Goiânia – Dois homens, de 25 e 33 anos, denunciam que foram agredidos por um policial militar, durante uma abordagem ocorrida na tarde de sábado (23/10), em Goiânia. Os dois formam um casal gay e aguardavam para entrar com o carro na garagem de um prédio, no Setor Alto da Glória, quando a viatura se aproximou.
Com ferimentos nos rostos, os homens, que preferiram não se identificar, relatam que estavam chegando à casa de familiares. Em determinado momento, foram surpreendidos por gritos de um policial, ordenando que o motorista descesse do carro.
Agressões
Os dois desceram do veículo, colocaram as mãos sobre a cabeça e abriram as pernas. Um dos PMs, no entanto, conforme o relato do casal, não satisfeito com o jeito como um deles havia se posicionado, começou a agredi-lo.
O rapaz conta que abriu as pernas, conforme o ordenado, mas o PM queria que ele abrisse mais. Nervoso, o policial começou a bater a cabeça do homem contra o carro, inclusive amassando a lataria do veículo. Segundo a vítima, o PM bateu a cabeça dele três vezes.
O mesmo policial, conforme o narrado pelas vítimas, teria dado um soco no rosto do outro rapaz, quando ele foi pegar os documentos pessoais para comprovar que eles não tinham nenhuma ficha criminal.
“Que tipo de abordagem é essa?”
Um vídeo feito no momento da abordagem mostra o casal parado ao lado do veículo, questionando a maneira como eles foram tratados. “Está escrito na sua testa que você é um cidadão de bem”, questiona o policial nas imagens.
Um dos rapazes, que é advogado, retruca: “abordado não é apanhar, abordado não é apanhar. Que tipo de abordagem é essa?”.
O casal registou ocorrência no plantão do 1º Distrito Policial (DP) de Goiânia, fizeram exame de corpo de delito e devem dar prosseguimento ao caso, procurando a delegacia da região onde o fato ocorreu, que é o 8º DP.
Nem Polícia Militar e nem Secretaria de Segurança Pública de Goiás (SSP) se posicionaram a respeito do caso. O espaço segue aberto para eventual posicionamento.