Casa de vó, quarto da infância: casal constrói miniaturas de memórias
Aline e Caio se dedicam a reproduzir em miniatura memórias emocionantes e com histórias especiais por trás
atualizado
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O casal Aline Viçosi, de 32 anos, e Caio Barreto, de 40 anos, se dedica a reconstruir memórias. Moradores de Ipiranga, em São Paulo, a dupla faz a reprodução em miniatura de locais especiais, como o quarto da infância, a fachada da casa dos pais ou a sala da avó.
Aline conta que sua paixão pela arte, assim como a do marido, começou cedo. “Eu fazia miniaturas para bonecas desde criança, tive um ateliê de cenários e casinhas. O Caio sempre gostou de miniaturas e tem um acervo variado em sua coleção pessoal”, diz.
“Com o tempo, o Caio se especializou no desenvolvimento dos projetos de corte a laser e na parte que envolve arte gráfica e impressões. Eu me especializei na parte de tapeçaria/costura, plantinhas e tudo que envolve biscuit e outras massas de modelar”, relata.
Aos poucos, então, o casal se voltou para o retrato de casinhas brasileiras e construções urbanas, com o objetivo de transmitir a vida cotidiana e a memória que cada construção e cenário trazem.
Lembranças especiais
Aline e Caio dizem que já reproduziram diversas memórias emocionantes e com histórias especiais por trás. “Uma que nos tocou foi uma salinha de música com os discos e livros que netas e avó compartilharam juntas em vida. Na parede da sala, colocamos um quadro com a foto da avó. Ficou lindo”, conta Aline.
Em outra ocasião, o casal atendeu um grupo de irmãos que queria presentear a mãe com a réplica da casa em que eles cresceram – e já havia sido demolida. “Foi bem emocionante recriar algo que não existe mais”, relembram. Fizeram um trabalho similar para uma outra família, que procurava a reprodução da casa que venderam quando a mãe morreu.
Em média, cada miniatura demora entre 50 e 300 horas para ser feita, mas é sempre um processo recompensador, segundo o casal.
“Outro caso que nos tocou foi recriar o interior de um apartamento que serviu como primeira moradia de um casal. Reproduzimos itens pessoais como livros, quadros, murais com fotos e até um par de gatinhos.”
Veja os trabalhos abaixo:
O casal relata que a recepção dos clientes para as miniaturas costuma ser sempre cheia de emoção. “Sem falsa modéstia, todos se emocionam muito. Já recebemos vídeo de cliente literalmente chorando. Comum relatarem que não conseguem parar de olhar e admirar”, dizem.
“Costumamos postar e mandar algumas imagens do processo de criação, mas quando a peça chega finalizada nas mãos do cliente o impacto é sempre muito grande.”
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