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Carta pela democracia ultrapassa 100 mil assinaturas em 24 horas

O manifesto foi divulgado em favor das urnas eletrônicas e do processo eleitoral. Em um dia, texto passou de 3 mil a 100 mil adesões

atualizado

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A urna eletrônica
1 de 1 A urna eletrônica - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

Um dia após ser divulgada, a Carta em Defesa da Democracia passou de 3 mil para 100 mil assinaturas. Organizado pela Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (FDUSP), o manifesto é em favor das urnas eletrônicas após ataques do presidente Jair Bolsonaro (PL) ao processo eleitoral.

A “Carta às brasileiras e aos brasileiros em defesa do Estado Democrático de Direito!” tem adesão de peso de juristas, empresários, banqueiros e artistas. A assinatura do público geral foi iniciada nessa terça-feira (26/7), às 17h. Na virada dessa noite, os signatários já somavam 30 mil.

Entre os apoiadores, estão Roberto Setubal e Pedro Moreira Salles, copresidentes do Conselho de administração do Itaú Unibanco; Pérsio Arida, ex-presidente do BNDES e do Banco Central; Pedro Passos e Guilherme Leal, do grupo Natura; e as atrizes Debora Bloch e Alessandra Negrini.

No total, 12 ex-ministros do STF assinaram a carta. O documento também foi aderido por políticos de esquerda e direita — e até mesmo por pessoas que já estiveram ligadas ao governo de Bolsonaro. A lista completa dos signatários foi divulgada no site da FDUSP.

Bolsonaro ironiza

Nesta quarta, durante convenção partidária do Progressistas, na Câmara dos Deputados, em apoio à sua reeleição, o presidente Bolsonaro ironizou a iniciativa e disse que não precisa escrever uma “cartinha” para falar que defende a democracia brasileira.

“Vivemos em um país democrático, defendemos a democracia. Não precisamos de nenhuma cartinha para falar que defendemos a democracia e que queremos, cada vez mais, nós, cumprir e respeitar a Constituição”, discursou Bolsonaro.

“Não precisamos, então, de apoio ou sinalização de quem quer que seja para mostrar que o nosso caminho é a democracia, é a liberdade, é o respeito à Constituição”, afirmou.

O que diz a carta?

A divulgação de uma Carta em Defesa da Democracia se tornou um dos principais fatos políticos da semana no Brasil por representar uma ampla união de ideologias políticas distantes umas das outras em quase tudo, mas consensuadas em apoio ao sistema eleitoral brasileiro.

Sem citar nomes, a carta aberta afirma que o Brasil “está passando por um momento de imenso perigo para a normalidade democrática, risco às instituições da República e insinuações de desacato ao resultado das eleições”.

O texto defende as urnas eletrônicas ao dizer que “o processo de apuração no país tem servido de exemplo no mundo, com respeito aos resultados e transição republicana de governo”.

“No Brasil atual não há mais espaço para retrocessos autoritários”, diz trecho da carta. E segue: “Ditadura e tortura pertencem ao passado”. Confira o texto na íntegra.

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