Pulse da Equipe Sombra: carro de executores de médicos era monitorado
Os suspeitos da execução dos médicos na última quinta-feira (5/10) integravam a chamada “Equipe Sombra” e andavam com o Fiat Pulse
atualizado
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Quatro corpos dos suspeitos pela execução de três médicos em um quiosque no Rio de Janeiro foram encontrados pela polícia no fim da noite da última quinta-feira (5/10), e dois deles já foram identificados, como Philip Motta e Ryan Nunes de Almeida. O grupo, identificado como “Equipe Sombra” teria utilizado um veículo branco na ação, que era monitorado pela polícia carioca há alguns meses.
Segundo informações da polícia, os suspeitos da execução utilizaram um veículo da marca Fiat, modelo Pulse, da cor branca, no dia do crime. As investigações ainda apontam que o modelo foi utilizado em outros homicídios na região, e a equipe de investigação teria notado a coincidência ainda na quinta-feira (5/10).
Além disso, os suspeitos estariam sendo monitorados pela polícia há meses. Um dos alvos das investigações era justamente Juan Breno Malta Ramos Rodrigues, conhecido como BMW, cujo áudio interceptado fala sobre a localização do suposto “alvo certo” a ser executado, para vingar a morte de Luís Paulo Aragão Furtado, conhecido como Vin Diesel, morto em setembro.
O grupo responsável pela execução dos médicos era parte da conhecida “Equipe Sombra”, da qual dois dos suspeitos identificados fariam parte, que também era investigado pela Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro (PCERJ). A “Equipe Sombra” agiria na região de Rio das Pedras.
O que se sabe sobre execução feita pela Equipe Sombra
Dois de quatro corpos suspeitos pela execução de três médicos em um quiosque no Rio de Janeiro, encontrados pela polícia no fim da noite da última quinta-feira (5/10), foram identificados. Os corpos seriam de Philip Motta e Ryan Nunes de Almeida. Saiba mais sobre quem eram os dois suspeitos.
Ainda na quinta, as autoridades do Rio de Janeiro fizeram um pronunciamento sobre o caso, onde concordam em resolver o crime “o quanto antes”. Os médicos serão enterrados em São Paulo e na Bahia.
A Polícia Civil do Rio de Janeiro (PCERJ) segue a linha de investigação de que o médico Perseu Ribeiro Almeida teria sido confundido com o miliciano Taillon de Alcântara Pereira Barbosa, filho do Dalmir Pereira Barbosa, apontado como chefe da milícia de Rio das Pedras.
O ataque foi próximo a um quiosque na altura do Posto 4, na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro. As testemunhas viram um grupo sair de um carro e atirar contra os médicos. Veja o momento da execução. Os profissionais de medicina mortos são especializados em ortopedia e foram identificados como Perseu Ribeiro de Almeida, 33; Marcos Andrade Corsato, 63; e Diego Ralf Bonfim, 35. Um quarto médico foi alvejado. Daniel Sonnewend Proença, 33, que está internado no Hospital Municipal Lourenço Jorge.
Corsato, que faria 63 anos na semana que vem, era diretor do Instituto de Ortopedia e Traumatologia do Hospital de Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP). Ele morreu na hora.
Diego Bonfim era especialista em reconstrução óssea pelo Instituto de Ortopedia e Traumatologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina e irmão da deputada federal Sâmia Bonfim (PSol-SP).
Perseu de Almeida, que completou 33 anos na terça-feira (3/10), nasceu na Bahia e fazia especialização em São Paulo. Ele era especialista em cirurgia do pé e tornozelo também pelo Instituto de Ortopedia e Traumatologia da USP e morreu na hora.
Por meio de nota, a USP lamentou o ocorrido, e a Sociedade Brasileira de Ortopedia (SBOT) repudiou o crime, além de pesar pela morte dos profissionais, e ressaltou a preocupação com a escalada violenta no país.