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Carrefour diz manter contato com família de Beto e anuncia canal de escuta

O supermercado também comunicou que ofereceu ajuda emergencial e acompanhamento psicológico aos familiares da vítima

atualizado

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Jacqueline Lisboa/Especial Metrópoles
Manifestação pela morte de João Alberto Freitas, um homem negro, em Carrefour de brasília 13
1 de 1 Manifestação pela morte de João Alberto Freitas, um homem negro, em Carrefour de brasília 13 - Foto: Jacqueline Lisboa/Especial Metrópoles

Após o caso de João Alberto Silveira Freitas, de 40 anos, morto por seguranças do supermercado Carrefour, no bairro Passo D’Areia, em Porto Alegre (RS), no último dia 19, o hipermercado afirmou que mantém contato com a família da vítima e que “se compromete com novas ações para mudar a segurança das lojas de Porto Alegre“.

Em nota enviada à impressa, nesta sexta-feira (27/11), o estabelecimento ainda anunciou a implementação de um canal de escuta.

“Desde o primeiro momento, a empresa entrou em contato com o senhor João Batista, pai de João Alberto, para oferecer apoio à família neste momento de dor irreparável. Em 21 de novembro, o CEO do Grupo Carrefour Brasil, Noël Prioux, ligou diretamente para o senhor João Batista para reforçar que a empresa não mediria esforços na ajuda à família. Na quarta-feira (25/11), o Carrefour conversou com a esposa do senhor João Alberto, senhora Milena Borges, que direcionou o contato para o seu advogado”, afirma a nota.

O hipermercado também anunciou uma transformação radical em seu modelo de segurança.

“A empresa está em processo de contratação de pessoas para internalizar a segurança da loja Passos D’Areia em até uma semana, na próxima sexta-feira, 4 de dezembro. As outras duas unidades da rede na cidade de Porto Alegre já estão sendo preparadas para que também recebam este processo.”

No comunicado, a rede ainda afirma a criação do Comitê Externo de Livre Expressão sobre Diversidade e Inclusão. “Em breve, será aberto um canal para, via Comitê, ampliar ações e o diálogo com outras organizações no país, que irão contribuir para que o ocorrido em Porto Alegre não mais aconteça”, afirma o supermercado.

O Carrefour anunciou ainda que oferecerá dois apoios imediatos para avaliação da família. São eles: uma ajuda emergencial à família do senhor João Alberto como uma forma de garantir amparo neste momento e uma assistente social para dar apoio psicológico à viúva, Milena Borges, à filha mais velha, Thaís, e à ex-mulher de João Alberto, com a qual ele teve três filhos.

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João Alberto Silveira Freitas, de 40 anos, se sustentava fazendo bicos
Wendell Schalcher, natural de São Luís (MA): técnico em enfermagem marcou presença para lembrar que vidas negras importam
Josefina Serra, advogada e presidente da Comissão de Igualdade Racial da OAB-DF
Ativistas levaram velas, faixas e tambores em protesto contra a morte de João Alberto
PCDF prende morador de rua por ameaçar clientes de mercado na Asa Sul
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João foi espancado até a morte por seguranças do Carrefour

Reprodução/Twitter
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João Alberto Silveira Freitas, de 40 anos, se sustentava fazendo bicos

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Wendell Schalcher, natural de São Luís (MA): técnico em enfermagem marcou presença para lembrar que vidas negras importam

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Josefina Serra, advogada e presidente da Comissão de Igualdade Racial da OAB-DF

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Ativistas levaram velas, faixas e tambores em protesto contra a morte de João Alberto

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PCDF prende morador de rua por ameaçar clientes de mercado na Asa Sul

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Relembre

João Alberto Silveira Freitas, de 40 anos, foi espancado por seguranças do supermercado Carrefour, no bairro Passo D’Areia, no último dia 19. De acordo com informações de testemunhas, a vítima teria discutido com os agressores, que foram presos em flagrante.

Um dos detidos é policial militar temporário – ele prestava serviço no local e foi levado a um presídio da corporação. O outro é segurança do Carrefour e está em uma unidade da Polícia Civil. Eles foram autuados por homicídio qualificado.

Os dois funcionários teriam colocado João Alberto Silveira Freitas para fora da loja. A partir de então, as versões do fato são divergentes.

Segundo afirma a Brigada Militar, a vítima passou a brigar com os seguranças por não aceitar ser retirada do local. Testemunhas que estavam no supermercado relatam que o homem foi seguido pelos dois seguranças dentro do estabelecimento e agredido na saída.

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