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Carrefour deposita R$ 1 milhão para viúva de homem negro morto no RS

Depósito foi feito, segundo a rede de supermercados, “deliberadamente”, após Milena Alves, viúva de João Beto, recusar acordo

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1 de 1 Joao_Alberto_Carrefour_Porto_Alegre - Foto: Reprodução/Redes Sociais

O grupo Carrefour Brasil informou, nesta quarta-feira (28/4), ter depositado, “deliberadamente”, R$ 1 milhão para Milena Alves, viúva de João Alberto Silveira Freitas, o João Beto, assassinado, em novembro do ano passado, na frente de uma unidade do supermercado, em Porto Alegre (RS).

O depósito foi feito numa conta criada com a finalidade de consignação extrajudicial para efeito de indenização, e já está disponível para Milena, única familiar que ainda estava com a negociação de indenização em aberto.

“O valor é a soma do patamar máximo por danos morais fixado pelo Supremo Tribunal de Justiça para casos como este e de um valor referente aos danos materiais, independentemente da comprovação que seria necessária em caso de litígio, e que geraria novos custos à viúva”, explicou a rede, em comunicado à imprensa.

A empresa informou também ter depositado R$ 100 mil extras diretamente na conta bancária de Milena para “gastos mais urgentes” da viúva.

A ação “deliberada” do Carrefour ocorre após Milena recusar o mesmo valor, de R$ 1 milhão, proposto em acordo da rede de supermercados. Os advogados da viúva pedem, na Justiça, o pagamento de montante entre R$ 10 milhões e 15 milhões, por danos morais e materiais.

Em 2019, o Carrefour também destinou R$ 1 milhão a órgãos ligados à causa animal após a morte da cadela Manchinha, espancada com uma barra metálica por um segurança em unidade do supermercado, em Osasco (SP).

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João Beto caído no chão após as agressões
João Alberto foi morto no dia 19/11, véspera do Dia Nacional da Consciência Negra, ao ser espancado por dois seguranças de uma das filiais da rede Carrefour
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Funcionária ameaçou testemunha que gravou espancamento e morte de cliente negro no Carrefour

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João Beto caído no chão após as agressões

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João Alberto foi morto no dia 19/11, véspera do Dia Nacional da Consciência Negra, ao ser espancado por dois seguranças de uma das filiais da rede Carrefour

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Além do pagamento da indenização a Milena Alves, o Carrefour já havia finalizado oito acordos com os demais familiares de João Alberto, que incluem os quatro filhos dele; o pai, João Batista Rodrigues Freitas; a irmã, a enteada e a neta. Os valores não foram divulgados pela rede de supermercados.

A Polícia Civil do Rio Grande do Sul (PCRS) indiciou seis pessoas no âmbito do inquérito que investigou a morte de João Beto. Os seguranças Giovane Gaspar da Silva e Magno Borges Braz foram presos no dia do crime.

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