Carnaval: vai pro bloco? Saiba como fugir de golpes

Foliões de todo o Brasil já estão preparados para ocupar as ruas com a chegada do Carnaval. Depois de dois anos com restrições por causa da pandemia de Covid-19, a expectativa dos blocos é atrair uma multidão com sede de festa. Ao mesmo tempo, o período é marcado por furtos, roubos e golpes que podem acabar transformando a farra em uma grande dor de cabeça — e não é por causa da ressaca.

Entre os crimes mais comuns durante esse período, se destaca o “golpe da maquininha“, que ocorre quando o vendedor aproveita um momento de distração para trocar o cartão do cliente por um parecido.

“Muitas vezes, o golpista também usa algum truque e desvia a atenção do folião para que a vítima digite a senha no campo destinado ao valor da compra. Isso permite que bandido descubra o código secreto. É importante ressaltar que o campo de senha deve mostrar apenas asteriscos”, alerta Adriano Volpini, diretor do Comitê de Prevenção a Fraudes da Federação Brasileira de Bancos (Febraban).

Leo Rosenbaum, especialista em direito do consumidor e sócio do Rosenbaum Advogados, ressalta que o golpe pode ocorrer em diferentes ocasiões. “Isso tem acontecido em taxis, em lojinhas, em estandes de rua, então tem que tomar muito cuidado”, adverte.

Outro golpe comum ocorre no meio da multidão, quando golpistas se aproveitam para realizar transações pela função de aproximação. Também são recorrentes os roubos e furtos a celulares. Caso não estejam bem protegidos, bandidos podem usar os dispositivos transferir dinheiro e pedir empréstimos.

Por isso, é importante evitar anotar senhas em blocos de notas ou aplicativos de mensagens, por exemplo. Bloquear o celular com um código forte, usando letras e números também dificulta que alguém tenha acesso aos seus dados.

E se, mesmo com os cuidados, seja vítima de um golpe, é importante comunicar imediatamente a operadora de cartão e registrar um boletim de ocorrência. “Sempre que você identificar que houve alguma transação suspeita, algum problema numa maquininha, ligue imediatamente para a administradora do cartão de crédito para entender o que aconteceu e tentar bloquear essas transações”, orienta Rosenbaum.

“Quando as transações fogem do uso ordinário da conta, os bancos têm sistema de segurança para bloquear essas movimentações ou checar, de fato, se elas conferem. Caso contrário, se não bloquearem ou checarem, você consegue responsabilizá-los, inclusive pelos danos morais”, destaca.

Confira dicas de como se proteger de golpes.

Antes de sair de casa:

• Guarde o celular e o cartão em uma doleira, por baixo roupa;
• Bloqueie o aparelho usando biometria, identificação facial ou uma senha forte, com letras e números;
• Se possível, desinstale aplicativos de banco;
• Desative a função de pagamentos por aproximação do cartão.

Durante a folia:

• Fique atento aos seus pertences, principalmente quando estiver em meio a aglomerações;
• Ao realizar uma compra, nunca entregue o cartão para o vendedor;
• Quando for digitar a senha, certifique-se que não esteja visível para pessoas ao redor;
• Peça o comprovante ao fazer um pagamento;
• Não faça pagamentos se o visor da maquininha estiver danificado, impedindo que você veja o valor que está pagando;
• Caso o vendedor precise pegar seu cartão, cheque se o objeto devolvido é realmente o seu.