Carnaval no Rio: foliões ocupam as ruas apesar da proibição a blocos
Apesar da proibição aos blocos de rua, cariocas lotam os bares e marcam presença em points carnavalescos, mesmo sem orquestras ou bandas
atualizado
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Rio de Janeiro – Os blocos de rua estão proibidos pela prefeitura do Rio neste feriado de Carnaval. Entretanto, o clima da festa se mantém pela cidade com milhares de pessoas, muitas delas fantasiadas, marcando presença nos bares e endereços conhecidos da folia carioca.
No início da noite desse sábado (26/2), o Largo de São Francisco da Prainha, no centro do Rio, ficou lotado mesmo sem a presença de uma banda de bloco para atrair a multidão.
Na zona portuária do Rio, os foliões, com glitter e outros adereços, seguem pelas ruas, na manhã deste domingo (27/2), ao som de pequenas bandas presentes no local.
Outras regiões do centro da cidade, bairro famoso por receber grandes blocos durante o feriado, também receberam festejos de Carnaval, como o Museu do Amanhã e o Arco do Teles.
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Carnaval de rua e Covid-19
No começo de janeiro, devido a alta no número de casos da variante Ômicron, a Prefeitura do Rio optou pelo cancelamento da festividade do Carnaval de rua.
“O Carnaval de rua, pela sua própria natureza e pelo aspecto democrático que tem, gera a impossibilidade de se exercer qualquer tipo de fiscalização. Daniel [Soranz, secretário de Saúde] já vinha me alertando que, tendo em vista os dados epidemiológicos que a gente tem e vai ter, dificilmente seria possível realizar o Carnaval de rua”, disse o prefeito Eduardo Paes em uma transmissão.
No entanto, os desfiles na Sapucaí foram mantidos, já que o local “permite controles”, como a verificação do passaporte de vacina. No mesmo período, o epidemiologista Roberto Medronho disse ao Metrópoles que “todos os eventos de Carnaval do Rio deveriam ser suspensos”.
“Vai ter distanciamento físico entre os membros das escolas de samba? A plateia terá distanciamento também? Exigirá a vacinação completa de todos que participarem? Usarão máscaras? Se seguirem todas essas medidas e fizerem testes há uma segurança maior, mas as pessoas vão comemorar, vão se abraçar, vão cantar”, opinou o médico.