Cármen Lúcia participa de evento sobre regulação da maconha no Brasil
Ministra integrará um debate num evento virtual que trata de questões sociais e possibilidades médicas do uso da maconha
atualizado
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O ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), aceitou convite dos organizadores do “maior encontro canábico do Brasil”, marcado para os dias 9 e 10 de junho, e vai participar de um debate.
O evento on-line Cannabis Affair cobra pela inscrição, traz longa programação sobre estudos relacionados à Cannabis. “Tem como foco a regulamentação inclusiva e a reparação histórica e social das injustiças, da falta de conhecimento e de oportunidades ao longo da história”, de acordo com a comunicação oficial.
Além da ministra do Supremo, participam do evento personalidades como o escritor e colunista Gregório Duvivier, o cantor BNegão, da banda Planet Hemp, e o neurocientista Sidarta Ribeiro, um dos mais destacados cientistas brasileiros.
Cármen Lúcia participará de um debate com o tema “Como a regulação brasileira da Cannabis pode desencarcerar a população”, marcado para 14h desta quarta.
Assunto em alta
A regulamentação da maconha no Brasil tem sido um assunto muito debatido nas últimas semanas.
O Projeto de Lei (PL) 399/2015, que autoriza o cultivo, no Brasil, de Cannabis sativa para fins medicinais, veterinários, científicos e industriais foi aprovado por uma comissão especial da Câmara dos Deputados nesta terça-feira (8/7).
Foi apertado, com 17 votos a favor e 17 contra e desempate com o voto de minerva do presidente da comissão. Após votação de destaques, o debate seguirá no plenário da Câmara, onde a polêmica está garantida, já que parte da base governista é muito contra o projeto.
O próprio presidente Jair Bolsonaro (sem partido) tem se envolvido no assunto. Ao comentar o PL nesta terça, ele afirmou que não há necessidade de permitir o plantio e aproveitou para provocar o PT.
“Tem canabidiol sintético, não precisa deixar o pessoal plantar maconha em casa, não. Imaginou se o PT um dia voltar ao governo, o quanto dá para plantar de maconha ali, ó?”, disse ele, apontando a cabeça para o Palácio da Alvorada, sua residência oficial.