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Carlos Horbach participa de última sessão como ministro do TSE

O ministro efetivo do TSE conclui o mandato nesta quinta-feira. Sérgio Banhos deixou o TSE na terça-feira e duas vagas estão abertas

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Foto colorida do ministro Carlos Horbach, em sessão no TSE
1 de 1 Foto colorida do ministro Carlos Horbach, em sessão no TSE - Foto: Hugo Barreto/Metrópoles

O ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Carlos Horbach participou da última sessão dele na Corte nesta quinta-feira (18/5). Ele deixa o cargo após dois anos de atuação e abre uma vaga.

Horbach poderia ser reconduzido ao cargo, mas enviou carta à presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Rosa Weber, na qual abriu mão dessa possibilidade. O mandato dele se encerra nesta quinta-feira.

“Considerando cumprida minha missão no TSE, solicito à Vossa Excelência e aos demais ministros do Supremo Tribunal Federal que não considerem meu nome para eventual recondução ao cargo, permitindo que volte a me dedicar integralmente à advocacia e à carreira docente no Largo de São Francisco”, ressaltou.

Com a saída de Horbach, duas vagas de ministro efetivo ficam abertas na Corte Eleitoral. O mandato de Sérgio Banhos acabou nesta quarta-feira, e ele se despediu do plenário na terça (16/5).

Lista tríplice

Por tradição, o primeiro nome a compor a lista tríplice para substituir os ministros efetivos deve ser o da ministra substituta do TSE Maria Claudia Bucchianeri. Outros dois nomes do quinto constitucional estarão “concorrendo” com ela. Os escolhidos pelo TSE passarão pelo crivo do Supremo até chegar ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Em relação à Procuradoria-Geral da República, Lula tem afirmado que não deve selecionar o primeiro colocado da lista. Ainda não se sabe se no TSE a decisão será parecida. A escolha de Bucchianeri seria de bom tom e seguiria a tradição, mas aliados do governo já pensam em optar por um nome mais alinhado à nova gestão, eleita em outubro de 2022.

Julgamento de Bolsonaro

As mudanças na composição da Corte têm sido discutidas fortemente nos bastidores do TSE. É o novo plenário, com a troca de dois ministros, que julgará a inelegibilidade de Jair Bolsonaro (PL) em Ação de Investigação Judicial Eleitoral (Aije) que acusa o ex-presidente de abuso de poder político.

A troca de ministros será decisiva na condenação ou absolvição do ex-presidente. Com a saída de Ricardo Lewandowski, o plenário tem um voto quase certo contra a inelegibilidade: o de Kássio Nunes Marques, com visão alinhada à do ex-presidente. Ficam na Corte, portanto, Alexandre de Moraes, Cármen Lúcia, Benedito Gonçalves (relator do caso), Raul Araújo e os novos escolhidos.

Como é a composição do TSE

O Tribunal Superior Eleitoral é formado por sete magistrados, escolhidos da seguinte maneira:

  • três ministros são eleitos entre os membros do Supremo Tribunal Federal (STF);
  • dois ministros são eleitos entre os membros do Superior Tribunal de Justiça (STJ); e
  • dois ministros são nomeados pelo presidente da República, escolhidos entre seis advogados de notável saber jurídico e idoneidade moral, indicados pelo STF.

O TSE elege o presidente e o vice-presidente entre os ministros do STF, e o corregedor eleitoral entre os ministros do STJ. Para cada ministro efetivo, um substituto é eleito, mediante o mesmo processo.

Cada ministro é eleito para um biênio; a recondução após dois biênios consecutivos, porém, é proibida. A rotatividade dos juízes no âmbito da Justiça Eleitoral visa manter o caráter apolítico dos tribunais eleitorais, de modo a garantir a isonomia nos processos eleitorais.

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