Carlinhos Cachoeira é condenado a 9 anos por corrupção ativa em Goiás
Justiça Federal também condenou o ex-desembargador do Trabalho Júlio César Cardoso de Brito e Gleyb Ferreira da Cruz, assessor de Cachoeira
atualizado
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Carlos Augusto de Almeida Ramos, conhecido como Carlinhos Cachoeira, foi condenado a 9 anos e 4 meses de prisão por corrupção ativa pela Justiça Federal de Goiás. A denúncia apresentada pelo Ministério Público Federal (MPF) indica que o empresário teria dado presentes de luxo ao ex-desembargador do Trabalho Júlio César Cardoso de Brito em troca de vantagens ilícitas. As informações são do G1.
O juiz federal substituto Gilson Jader Gonçalves Vieira Filho, da 11ª Vara Federal Criminal de Goiás, também condenou o ex-desembargador Gleyb Ferreira da Cruz, um dos assessores de Cachoeira. Os três também deverão pagar 246 dias-multa.
O MPF apresentou denúncia contra Marco Antônio de Almeida Ramos, irmão de Cachoeira, mas ele foi absolvido por falta de provas.
Entenda o caso
O Núcleo de Combate à Corrupção do MPF apresentou ação de improbidade administrativa contra o ex-desembargador Júlio César Cardoso de Brito e contra Carlinhos Cachoeira. Segundo a denúncia, o magistrado teria vantagens indevidas em razão do cargo no Tribunal Regional do Trabalho (TRT) da 18ª região.
Os benefícios concedidos a Júlio César iriam desde ingressos para camarote de shows, garrafas de bebida, pagamento de viagens internacionais, incluindo passagem e hospedagem, até a quitação de uma dívida corrente.
Em troca dos favores, o ex-desembargador travava processos jurídicos contra Carlinhos, o que vai contra aos princípios da legalidade, impessoalidade e moralidade. De acordo com a denúncia, o magistrado também prestava assessoria jurídica ao empresário.
Carlinhos Cachoeira é apontado como responsável pela exploração do jogo do bicho e das máquinas caça-níqueis em Goiás.