Cariocas lotam postos de vacinação na última repescagem por idade
Rio tem 89 mil pessoas com segunda dose atrasada. Na Ilha Grande, dia foi de vacinação em massa para imunizar moradores
atualizado
Compartilhar notícia
Rio de Janeiro – Cariocas lotaram os postos de vacinação abertos neste sábado (10/7) na intenção de se imunizar contra a Covid-19. Mesmo com a alta procura, a cidade ainda tem 89 mil pessoas com a segunda dose atrasada.
“Na primeira dose eu me emocionei mais. Dessa vez, o sentimento era outro, de vitória talvez. Gritei, uhuuu, tô imunizada. Dá um alívio, dá esperança. Todos precisam ser vacinados e a segunda dose é importante nesse processo. As pessoas precisam lutar pela vida e a vacina é uma arma muito poderosa”, ensina a professora da rede municipal de Educação, Marise Pereira, de 62 anos (foto em destaque).
A quantidade de pessoas buscando pela dose foi motivada também por ter sido o último dia de repescagem livre na cidade do Rio – a partir de agora, apenas pessoas com deficiência poderão ser vacinadas fora da data original, estipulada pelo plano municipal de imunização.
A medida é para evitar que as pessoas tentem escolher qual vacina querem receber, burlando o planejamento de vacinação. Quem foi aos postos reforça o pedido da prefeitura, para que as pessoas se vacinem, independentemente do imunizante que estiver disponível.
Neste sábado, também houve reforço nos estoques dos município. A Secretaria de Estado de Saúde (SES) distribuiu 274.024 doses de vacinas para as 92 cidades do estado, sendo 172.824 de Pfizer para primeira aplicação e 101.200 doses da vacina CoronaVac, divididas para primeira e segunda dose, ou seja, 50.600 para D1 e 50.600 para D2.
“A cada remessa de vacinas enviada aos municípios, se aproxima o alcance da imunização coletiva. Mas, para isso, é necessário que a população retorne aos postos para a segunda dose”, afirma o secretário de Estado de Saúde, Alexandre Chieppe.
A SES publicou no último dia 2 a terceira edição do Calendário Único de Vacinação do Estado, que acelera as datas de vacinação dos grupos por faixa etária, prevendo o término da aplicação da primeira dose em todo o Rio até o fim de agosto.
Mau exemplo
Já em Campo Grande e na Taquara, na zona oeste da capital, o exemplo foi de como não agir enquanto a cidade não estiver 100% pronta para a realização de eventos. Entre a noite dessa sexta-feira (9/7) e deste sábado (10/7), a Secretaria Municipal de Ordem Pública (Seop) impediu duas festas clandestinas.
Na Taquara, o evento aconteceria na Estrada dos Teixeiras, em local com palanque montado e venda de ingressos a R$ 150, uma estrutura para receber mais de 1 mil pessoas. Além de funcionários, cerca de 150 pessoas estavam presentes. Uma mesa de som e 396 bebidas diversas foram apreendidas e levadas para o Depósito da Prefeitura do Rio. O estabelecimento foi interditado pela Vigilância Sanitária.
Na Estrada do Guandu do Sapê, em Campo Grande, outra festa irregular seria realizada em bar que não tinha alvará de funcionamento, nem licenciamento sanitário. O estabelecimento foi interditado pela Vigilância Sanitária e 590 bebidas diversas foram apreendidas. Desde o início do ano, 147 festas e eventos clandestinos foram encerrados em toda a cidade pela Secretaria de Ordem Pública.