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Cappelli cita militarização de presídios e Dino diz que não há debate

Número dois do Ministério da Justiça citou defesa de militarização por candidata da esquerda nas eleições no Equador

atualizado

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1 de 1 Foto colorida do secretário executivo do Ministério da Justiça Ricardo Cappelli - Metrópoles - Foto: Hugo Barreto / Metrópoles

O secretário-executivo do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), Ricardo Cappelli, usou suas redes sociais neste domingo (15/10) para comentar as eleições no Equador e citar que a candidata Luisa González defende a militarização de presídios.

“Segurança pública é o tema da eleição no Equador, principal problema para 40% da população. A candidata da esquerda defende a militarização dos presídios, dos portos e das fronteiras para enfrentar o crime organizado”, escreveu Cappelli.

O comentário do número 2 do MJSP – e possível substituto de Flávio Dino, caso ele vá para o STF – foi criticado por pesquisadores da área de segurança pública nas redes sociais.

O empresário Daniel Noboa venceu as eleições no Equador com 52% dos votos.

Não há debate

Nesta segunda-feira (16/10), ao ser questionado pelo Metrópoles durante o lançamento de um programa de controle parental das redes sociais, o ministro da Justiça Flávio Dino afirmou que não há no momento debate sobre militarização ou privatização de presídios.

“Nós não temos nenhum debate de mudança do sistema penitenciário neste momento. Salvo um aspecto: a Lei de Execução Penal brasileira é de 1984. Nós estamos atravessando um momento em que nós temos cerca de 800 mil pessoas em regime de execução penal. Pessoas presas são cerca de 650 mil. Nós estamos então fazendo um debate legislativo. Não há nenhuma ideia nem de propor militarização, privatização, nem nada desse tipo”, afirmou Dino.

Esta é pelo menos a segunda vez que Cappelli desagrada pesquisadores de segurança pública e parte da esquerda nas por suas declarações.

No começo do mês, ele chegou a bloquear jornalistas e pesquisadores que criticaram sua fala sobre não se combater o crime com fuzil de rosas, ao comentar a violência policial na Bahia.

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