Capitólio: após tragédia, polícia inspecionará outras pedras na região
Prefeito de Capitólio admitiu não existir qualquer acompanhamento geológico no ponto turístico. Dez pessoas morreram após pedra desabar
atualizado
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Após o desastre que matou 10 pessoas no Lago de Furnas, em Capitólio (MG), a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) vai vistoriar outras rochas da região para evitar uma nova tragédia. Nesse sábado (8/1), parte de um cânion desabou sobre lanchas.
Segundo o delegado Marcos Pimenta, da regional da Delegacia de Polícia Civil em Passos, a vistoria vai ocorrer ao longo desta semana e contará com uma equipe de delegados, investigadores e peritos criminais.
“Nós iremos às imediações dos cânions, com drone e via embarcação. Nossa ideia, nosso objetivo, é estudar o local e averiguar se nas imediações também há outras pedras com essas características, visando, juntamente com Defesa Civil, Corpo de Bombeiros, Marinha e outros órgãos de fiscalização, criar uma saída para que outras pedras não consigam atingir aquela região”, explicou o delegado.
O prefeito de Capitólio, Cristiano Geraldo da Silva (PP-MG), admitiu que não existia nenhum acompanhamento geológico no ponto turístico.
Veja o momento do deslizamento do enorme pedaço de rocha:
Vítimas
A Polícia Civil de Minas Gerais identificou todas as 10 vítimas do desabamento em Capitólio. O estado sofre com chuvas intensas. Pelo menos 145 cidades estão em situação de emergência.
As vítimas são: Júlio Borges Antunes, de 68 anos, natural de Alpinópolis (MG); Camila Silva Machado, 18, de Paulínia (SP); Mykon Douglas de Osti, 24, de Campinas (SP); Sebastião Teixeira da Silva, 64, de Anhumas (SP); a esposa dele, Marlene Augusta Teixeira da Silva, 57, de Itaú de Minas (MG); Geovany Teixeira da Silva, 37; Geovany Gabriel Oliveira da Silva, 14; Thiago Teixeira da Silva Nascimento, 35; Rodrigo Alves dos Anjos, 40, de Betim (MG); e Carmem Pinheiro da Silva, 43.