Capitão da PM-GO que atirou em garota de programa usava carro oficial
Militar estava em veículo do Tribunal de Justiça de Goiás, de onde foi dispensado. Ele declarou que atirou para se defender de um roubo
atualizado
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O policial militar que atirou em uma garota de programa em Aparecida de Goiânia (GO), região metropolitana de Goiânia, usava um veículo do Gabinete Militar do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJ-GO). O caso ocorreu em 11 de abril.
O Metrópoles procurou o TJ-GO, que afirmou, em nota, que o PM, lotado no Gabinete Militar do órgão, foi “imediatamente dispensado” das atividades no tribunal assim que foi constatado o uso não autorizado do veículo oficial. O TJ-GO acrescentou que o PM foi devolvido ao Comando da Polícia Militar e que a apuração cabe à corporação e à Polícia Civil de Goiás (PC-GO), que investiga o caso.
A cena da garota de programa se encontrando com o veículo onde estaria o PM foi registrada por uma camêra de circuito de segurança. Nas imagens, é possível ver a vítima sentada na calçada, quando uma caminhonete de cor escura se aproxima. Instantes depois, ela fica de joelhos.
Apesar da baixa qualidade das imagens, percebe-se que ela olha para o veículo, aparentemente dialogando com alguém que estava dentro do automóvel. Instantes depois, ela cai na calçada. O veículo permaneceu no local por 44 segundos e depois arrancou.
O caso aconteceu em uma região onde há vários motéis e prostituição. Em nota, o advogado do PM Walker Ferreira Mendonça, Eder Porfiro Muniz, afirma que os tiros foram em legítima defesa.
Conforme a nota, o capitão da PM teria sido vítima de uma tentativa de roubo, ao ser abordado por três indivíduos que queriam levar uma corrente de ouro e a arma dele. O advogado do PM afirma que o cliente relatou ter comparecido à Central de Flagrantes de Aparecida de Goiânia para registrar o roubo. A mulher que foi atingida está em uma unidade de saúde.