1 de 1 Vacina infantil covid-19
- Foto: Vinícius Schmidt/Metrópoles
São Paulo – A cidade de São Paulo começará nessa quarta-feira (20/7) a vacinar contra Covid-19 crianças de 3 e 4 anos. Essa etapa da campanha de vacinação iniciará com imunização de crianças com comorbidades, deficiência permanente e indígenas.
Não estão inclusas nesse grupo de vacinação crianças que são imunossuprimidas. A prefeitura da capital paulista estima vacinar cerca de 15 mil crianças.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou o uso pediátrico da vacina Coronavac na semana passada, em 13/7. O Ministério da Saúde deu aval para a aplicação dois dias depois.
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A Anvisa aprovou, em 16 de dezembro, a aplicação do imunizante da Pfizer em crianças de 5 a 11 anos. Para isso, será usada uma versão pediátrica da vacina, denominada Comirnaty
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A vacina é específica para crianças e tem concentração diferente da utilizada em adultos. A dose da Comirnaty equivale a um terço da aplicada em pessoas com mais de 12 anos
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A tampa do frasco da vacina virá na cor laranja, para facilitar a identificação pelas equipes de imunização e também por pais, mães e cuidadores que levarão as crianças para receberem a aplicação do fármaco
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Desde o início da pandemia, mais de 300 crianças entre 5 e 11 anos morreram em decorrência do coronavírus no Brasil
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Isso corresponde a 14,3 mortes por mês, ou uma a cada dois dias. Além disso, segundo dados do Ministério da Saúde, a prevalência da doença no público infantil é significativa. Fora o número de mortes, há milhares de hospitalizações
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De acordo com a Fiocruz, vacinar crianças contra a Covid é necessário para evitar a circulação do vírus em níveis altos, além de assegurar a saúde dos pequenos
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Contudo, desde o aval para a aplicação da vacina em crianças, a Anvisa vem sofrendo críticas de Bolsonaro, de apoiadores do presidente e de grupos antivacina
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Para discutir imunização infantil, o Ministério da Saúde abriu consulta pública e anunciou que a vacinação pediátrica teria início em 14 de janeiro. Além disso, a apresentação de prescrição médica não será obrigatória
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Inicialmente, a intenção do governo era exigir prescrição. No entanto, após a audiência pública realizada com médicos e pesquisadores, o ministério decidiu recuar
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De acordo com a pasta, o imunizante usado será o da farmacêutica Pfizer e o intervalo sugerido entre cada dose será de oito semanas. Caso o menor não esteja acompanhado dos pais, ele deverá apresentar termo por escrito assinado pelo responsável
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A decisão do Ministério da Saúde de prolongar o intervalo das doses do imunizante contraria a orientação da Anvisa, que defende uma pausa de três semanas entre uma aplicação e outra para crianças de 5 a 11 anos
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Além disso, apesar de não ser necessária a prescrição médica para vacinação, o governo federal recomenda que os pais procurem um profissional da saúde antes de levar os filhos para tomar a vacina
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Segundo dados da Pfizer, cerca de 7% das crianças que receberam uma dose da vacina apresentaram alguma reação, mas em apenas 3,5% os eventos tinham relação com o imunizante. Nenhum deles foi grave
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Países como Israel, Chile, Canadá, Colômbia, Reino Unido, Argentina e Cuba, e a própria União Europeia, por exemplo, são alguns dos locais que autorizaram a vacinação contra a Covid-19 em crianças
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Nos Estados Unidos, a imunização infantil teve início em 3 de novembro. Até o momento, mais de 5 milhões de crianças já receberam a vacina contra Covid-19. Nenhuma morte foi registrada e eventos adversos graves foram raros
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Criança vacinada
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Um estudo divulgado pelo Butantan em janeiro mostra que não houve relatos de efeitos adversos graves entre as 4 mil crianças entre 6 e 35 meses de idade que participaram da pesquisa
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O Instituto Butantan, responsável pela fabricação da vacina Coronavac em território nacional, deve enviar à Anvisa mais dados sobre a faixa etária de 3 a 5 anos para ampliar a quantidade de pessoas a serem imunizadas pela fórmula
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Enquanto as vacinas não são aprovadas para crianças menores, pesquisas científicas já apontaram que lactantes vacinadas passam anticorpos para os filhos via leite materno
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Na cidade de São Paulo será usada a Coronavac para imunizar as crianças dessa faixa-etária. Os postos de vacinação podem ser consultados no site Vacina Sampa.
Documentos
Para que a criança receba o imunizante, os responsáveis devem apresentar documento de identificação (preferencialmente com CPF) do menor.
Os estados de saúde contemplados nessa etapa da vacinação devem ser atestados com comprovante de condição de risco, como receitas ou relatórios físicos ou digitais. A documentação deve ter identificação do paciente, CRM com carimbo do médico e validade de dois anos de emissão.
A partir dessa quarta-feira (20/7), crianças de 3 e 4 anos sem comorbidades ou deficiência poderão ser inscritas nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs) para recebimento de doses remanescentes.
A inscrição na xepa da vacina pode ser feita em unidade próxima à residência ou escola. Os responsáveis devem apresentar documentação com endereço e telefone para convocação.
Na capital paulista, existem mais de 313 mil crianças com idade entre 3 e 4 anos, sendo 155 mil com 3 anos e 158 mil com 4 anos.
Vacinação
A Secretaria Municipal de Saúde vacinou com primeira dose contra a Covid-19 1.015.723 crianças de 5 a 11 anos. Isso representa uma cobertura vacinal de 93,8%. A segunda dose foi aplicada em 789.768 crianças – uma cobertura de 72,9%.
A cobertura vacinal para duas doses está em 105,9% para adolescentes de 12 a 17 anos.
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