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Candidato é vítima de injúria racial em Goiás: “Só um macaco”. Vídeo

Professor Valdson Jose (PP) é vereador e disputa a reeleição em Formosa (GO). Ele registrou boletim de ocorrência nessa terça-feira (1º/10)

atualizado

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imagem colorida de Professor Valdson José da Silva, candidato a vereador em Formosa (GO)
1 de 1 imagem colorida de Professor Valdson José da Silva, candidato a vereador em Formosa (GO) - Foto: Reprodução

O vereador e candidato à reeleição em Formosa (GO), Professor Valdson José (PP), registrou boletim de ocorrência, nessa terça-feira (1º/10), no qual denuncia ter sido vítima de injúria racial por parte de um professor de história.

No primeiro semestre deste ano, o suspeito do crime, identificado como José Mauro, enviou áudios via WhatsApp para o gabinete virtual do vereador, chamando-o de “macaco, preto e vagabundo”. Conforme o registro, as mensagens são de 10 de março.

Em um dos áudios, José disse o seguinte: “Quando eu vi você falando que você era chão de sala, eu falei: ‘Quando é que ele foi chão de sala lá fora, cara?’ Valdson, você é só um macaco, preto, vagabundo, que se acha demais e que está utilizando o negócio em cima de nós. (…) Eu, cagando, sou melhor que você, macaco. Você é só um menino que conseguiu alguma coisa e está precisando fazer um sexo, viu?””.

Veja:

O vereador disputa a segunda eleição em Formosa, após se eleger pela primeira vez em 2020. A denúncia da injúria racial foi repercutida por ele nas redes sociais, na manhã desta terça-feira (2/10).

“Depois de muito conversar com a nossa assessoria, nós decidimos falar sobre o assunto e tomar as medidas judiciais cabíveis. Foi uma experiência muito dolorosa, uma ferida profunda, que me fez questionar quem eu sou e onde me encaixo no mundo”, disse o candidato.

O advogado que representa Valdson, Bruno Christy A. Freitas, afirmou que “tomará todas as medidas judiciais e extrajudiciais cabíveis para que os responsáveis pelo ato sejam identificados e devidamente punidos”. A defesa ainda disse esperar que o caso seja investigado com “celeridade e rigor necessários, para que atos como este não se repitam”.

O outro lado

A reportagem do Metrópoles entrou em contato com o professor José Mauro, apontado como o suposto autor do crime. Ele respondeu que ainda não havia tomado conhecimento da denúncia e pediu que fosse enviado a ele os áudios apresentados pelo candidato.

Após escutar as mensagens, ele respondeu: “Eu me revoltei com as promessas de campanha dele, mas deixa ver o que acontece. São coisas de política do interior do Brasil. Por que será que ele só registrou o boletim de ocorrência ontem? Para utilizar como capital político”.

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