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Candida auris: Anvisa confirma surto de superfungo com 4 casos no país

Agência recebeu confirmação do segundo paciente diagnosticado em hospital de Pernambuco. Superfungo não responde a tratamentos

atualizado

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fachada anvisa
1 de 1 fachada anvisa - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) confirmou mais um caso de infecção pelo superfungo Candida auris. A nova contaminação foi constatada no segundo paciente com o diagnóstico em hospital de Pernambuco (PE) – o outro caso no mesmo estabelecimento foi confirmado nesta semana.

Já são quatro os casos de Candida auris no país. Em dezembro do ano passado, o fungo foi identificado na ponta do cateter de um homem de 59 anos, que estava hospitalizado em unidade de terapia intensiva (UTI) na Bahia, e na amostra clínica de urina de um paciente de 88 anos, internado em uma instituição de saúde em Salvador.

A agência explicou que já é possível considerar a existência de um surto do superfungo:

“A definição epidemiológica de surto abrange não apenas uma grande quantidade de casos de doenças contagiosas ou de ordem sanitária, mas também o surgimento de um microrganismo novo na epidemiologia de um país ou até de um serviço de saúde”, detalha a Anvisa em nota.

No comunicado emitido, a autarquia divulgou alerta de risco. Os casos foram notificados para a agência em 3 de janeiro. Em Pernambuco, os pacientes são uma mulher de 70 anos e um homem de 38 anos.

Superfungo pode ser fatal

O superfungo é do mesmo gênero (Candida) do fungo Candida albicans, um dos principais causadores de candidíase, mas as espécies são bem diferentes. A candidíase por C. albicans é uma doença que pode afetar pele, unhas e órgãos genitais, mas é comum e de fácil tratamento. A infecção pelo Candida auris, por sua vez, é resistente a medicamentos e pode ser fatal.

O microrganismo preocupa por poder causar infecção na corrente sanguínea, sendo possivelmente fatal para pacientes imunodeprimidos ou com comorbidades. Ele também pode contaminar outras pessoas e causar surtos.

Assim como acontece em alguns casos de Covid-19, é possível que o organismo tenha uma reação exagerada ao fungo, atacando também órgãos saudáveis. Os principais sintomas da infecção são febre, alteração da pressão arterial, dificuldade para respirar e aceleração do ritmo cardíaco.

Porém, nem todas as pessoas contaminadas sofrem os efeitos da infecção – é possível pegar o C. auris na pele ou na mucosa e não ter problemas. O risco maior é quando o fungo entra na corrente sanguínea; nesses casos, o índice de mortalidade chega a 59%.

Veja o alerta da Anvisa sobre o superfungo:

Alerta – Candida Auris – Janeiro de 2022_1 by Mariah Aquino on Scribd

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