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Campos Neto vai ao Senado nesta terça explicar alta taxa de juros

A Comissão de Assuntos Econômicos do Senado quer informações sobre a taxa básica de juros, a Selic, atualmente em 13,75%

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José Cruz/Agência Brasil
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1 de 1 roberto-campos-neto-bc-agencia-brasil - Foto: José Cruz/Agência Brasil

A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado ouvirá nesta terça-feira (25/4) o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto. Ele foi convidado pelos senadores para prestar esclarecimentos sobre a atual taxa básica de juros, a Selic, que está em 13,75%. Incialmente a sessão estava marcada para o dia 4 de abril, mas acabou remarcada devido ao feriado da Semana Santa.

O pedido para convidar Campos Neto foi apresentado pelo senador Vanderlan Cardoso (PSD-GO), presidente do colegiado. Entre os assuntos que seriam alvo de questionamento, conforme justificativa apresentada pelo parlamentar, está a manutenção da a taxa Selic em 13,75% ao ano — patamar em vigor desde o início de agosto de 2022.

Por ser um convite, Campo Neto não é obrigado a comparecer. Além de comparecer à CAE, Campos Neto participará de um debate com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em 27 de abril. A taxa de juros também será o tema principal da discussão, convocada pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).

A taxa básica de juros é o principal instrumento do BC para controlar a inflação. Quando o BC aumenta os juros, o objetivo é segurar a demanda aquecida, o que se reflete nos preços — os juros mais altos encarecem o crédito e, assim, ajudam a conter a atividade econômica, com menos dinheiro em circulação. Atualmente, o índice praticado é de 13,75%.

A taxa é alvo de críticas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e de lideranças do Partido dos Trabalhadores, como a presidente da sigla, Gleisi Hoffmann. O chefe do Executivo Federal chegou a afirmar que o índice é “absurdo” e prejudica o investimento no país.

Mesmo após a insatisfação demonstrada pelo presidente e pela base aliada, o Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central, manteve, em decisão de março, a Selic em 13,75% ao ano. Apesar da deflação brasileira, foi considerado o cenário internacional “adverso e volátil” e a alta dos juros americanos para a decisão.

Além de Haddad e Campos Neto, o debate no Senado deve contar com participação de Simone Tebet, ministra do Planejamento, e de Armínio Fraga, ex-presidente do Banco Central. Outras autoridades e economistas também receberam o convite.

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