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Campos Neto se empenha em pauta de servidores em reuniões com governo

Avaliação é de que, passadas as reformas econômicas no Congresso, a pauta do funcionalismo possa receber mais atenção pelo governo

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Vinícius Schmidt/Metrópoles
imagem colorida presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, comparece a audiência na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), no Senado Federal
1 de 1 imagem colorida presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, comparece a audiência na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), no Senado Federal - Foto: Vinícius Schmidt/Metrópoles

O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, tem se reunido com integrantes do governo para tratar da pauta de servidores. Nesta quinta-feira (21/12), Campos Neto e o diretor de Fiscalização, Ailton de Aquino, se reuniram com o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, para tratar da questão.

Na quarta (20/12), em visita de cortesia feita pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, ao gabinete do presidente da autoridade monetária, Campos Neto também trouxe o assunto à tona, segundo relatos. A avaliação é que, passadas as reformas econômicas no Congresso, o governo possa olhar mais de perto para essa demanda.

O tema também vem sido tratado ao longo do ano com a ministra da Gestão e Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, cuja pasta é responsável pela liberação dos certames.

Na noite desta quinta, Campos Neto participa, junto a outras autoridades da República, do jantar de confraternização oferecido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), na Granja do Tortoresidência de campo da Presidência. O petista passou boa parte do ano criticando o presidente da autoridade monetária, que foi indicado ao posto pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), mas a relação foi pacificada nos últimos meses, assim que o BC iniciou o ciclo de afrouxamento monetário, reduzindo continuamente a taxa básica de juros.

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A diretoria do BC tem atuado em interlocução com o Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central (Sinal), a Associação Nacional dos Analistas do Banco Central do Brasil (ANBCB) e o Sindicato Nacional dos Técnicos do Banco Central do Brasil (SinTBacen).

Em meados do ano, Campos Neto defendeu a realização de concursos públicos para ampliar o quadro de funcionários do órgão. Ele afirmou que algumas áreas da instituição estão “estranguladas”.

A pauta do funcionalismo tem sido o principal desafio enfrentado por Campos Neto em sua gestão, visto que a digitalização de serviços e o lançamento de novas ferramentas como o Pix, o Drex e o Open Finance têm demandado mais do quadro de pessoal.

“A situação de greve no Banco Central é uma situação que nos preocupa. Temos grandes entregas pela frente, precisamos ter o quadro estimulado”, disse Campos Neto nesta quinta-feira (21/12), em coletiva de divulgação do Relatório Trimestral de Inflação.

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“Drexit” dos servidores

Nos últimos meses, segundo servidores, funcionários públicos deixaram o BC para integrar organismos internacionais, empresas privadas e outros órgãos públicos que oferecem remuneração maior.

A diretoria da autoridade monetária acompanha, por exemplo, o movimento de servidores para outras carreiras cujas remunerações são no mesmo patamar, como as da Câmara dos Deputados, que realizou concurso recentemente.

A saída dos servidores do BC é chamada internamente de Drexit, em referência ao Brexit, como ficou conhecida a saída do Reino Unido da União Europeia.

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