Campos Neto justifica jantar com Tarcísio: “Para BC é reconhecimento”
Roberto Campos Neto afirmou que aceitará todos os convites que receber em nome de reconhecimento do Banco Central (BC)
atualizado
Compartilhar notícia
O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, disse, nesta terça-feira (13/8), que o encontro com o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), tratava de um “reconhecimento” do trabalho dos integrantes do órgão financeiro.
“No final das contas, para o Banco Central, é importante o reconhecimento. O reconhecimento não é para mim, é para o quadro do Banco Central. Toda vez que eu for ser chamado para ter algum reconhecimento nesse sentido, representando o Banco Central, eu vou aceitar”, afirmou.
A declaração ocorreu em audiência pública com integrantes das comissões de Desenvolvimento Econômico e de Finanças e Tributação, da Câmara dos Deputados.
Jantar de Campos Neto com Tarcísio
Em 10 de junho, Tarcísio ofereceu um jantar em homenagem ao presidente do BC, no Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista. Como mostrado pelo colunista Igor Gadelha, do Metrópoles, o evento reuniu cerca de 60 pessoas, entre banqueiros, empresários e ex-ministros.
O evento gerou um desconforto no governo federal, porque o governador de São Paulo é conhecido por ter certa proximidade com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). À época, a participação de Campos Neto foi criticada pela base governista.
De acordo com o presidente do Banco Central, o encontro foi “exatamente igual” ao feito pelo governador de Mato Grosso, governador Mauro Mendes, e “ninguém tinha falado nada”. “Para mim, era mais um evento”, frisou o dirigente.
Ele contou que recebeu convites para participar de eventos com outras autoridades, “inclusive de lugares que não são apoiadores do governo Bolsonaro”.
“Como o deputado Kim [Kataguiri (União Brasil-SP)] disse, eu tenho que conversar com todos os governadores. Eu recebo todo mundo. Todo mundo que vai ao Banco Central eu recebo. Eu acho que essa é a função do Banco Central autônomo”, pontuou.