Campos Neto diz que inundações no RS “terão desdobramentos econômicos”
Presidente do Banco Central, Campos Neto disse que eventos climáticos extremos, como o do RS, geram efeitos em toda a cadeia produtiva
atualizado
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O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, disse nesta quarta-feira (15/5) que as inundações no Rio Grande do Sul, além dos impacto humanitário, terão desdobramentos econômicos.
Campos Neto abordou a situação do estado gaúcho na abertura da II Conferência Anual do Banco Central, em Brasília.
Ele falava sobre a preocupação com a inflação de alimentos no curto prazo e com o papel da inflação de serviços. “As inundações no Rio Grande do Sul, além dos seus impactos humanitários, terão desdobramentos econômicos que requerem acompanhamento”, destacou.
Em outro momento, ao destacar o aumento da frequência dos eventos climáticos extremos, ele citou “grandes impactos humanitários” e “efeitos em toda a cadeia produtiva”.
“As inundações que temos observado no Rio Grande do Sul são um exemplo desses fenômenos. Aproveito essa oportunidade para expressar minha solidariedade ao povo gaúcho, aos nossos servidores e às pessoas afetadas por essa tragédia”, afirmou.
Segundo balanço da Confederação Nacional de Municípios (CNM), as cidades gaúchas afetadas pelos temporais desde o fim de abril contabilizam mais de R$ 8,9 bilhões em prejuízos financeiros, sendo R$ 2,4 bilhões no setor público, R$ 1,9 bilhão na iniciativa privada e R$ 4,6 bilhões no segmento habitacional. Até o momento, foram registrados impactos em 105,6 mil habitações.
A tragédia soma 149 mortes confirmadas e 108 pessoas desaparecidas, de acordo com boletim da Defesa Civil divulgado nesta quarta.